terça-feira, novembro 04, 2014

Da longa série "Ali Babá e os 40 me(r)dalhões"


O ex-presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou hoje que "o reconhecimento" de Portugal, através da condecoração entregue pelo Presidente da República, significa que "foi correcta a decisão" que tomou de deixar o Governo em 2004”. Durão gostaria tanto que o reconhecimento de Cavaco fosse o reconhecimento dos portugueses como eu gostaria de ter um Presidente da República que soubesse sê-lo. Mas seja. Já que estamos em maré de silogismos, substituamos Durão por Zeinal. Fica assim: o ex-administrador da PT , Zeinal Bava, afirmou no tal dia em que Cavaco Silva costuma aproveitar-se do cargo que ocupa para distribuir medalhas pelos amigos em nome dos portugueses que "o reconhecimento" de Portugal, através da condecoração entregue pelo Presidente da República, significa que "foi correcta a decisão" que tomou de aproveitar o cargo que ocupava na PT para, pela calada da noite, emprestar 900 milhões que não eram seus ao gang do nosso amigo Salgado”. Nosso, de Zeinal e de Cavaco, bem entendido. Porque nosso, no caso, nossa, só mesmo a humilhação nacional de ver constantemente as Ordens Honoríficas, com as quais até há tão pouco tempo a República distinguia os melhores entre os melhores, subitamente a servirem para condecorar alguns dos maiores delinquentes da nossa História. A mesma que um dia há-de contar que “naquele tempo, os patifes condecoravam-se uns aos outros". E que "os portugueses não se ralavam”.

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