Portugal desceu de 33º em 2012 para 47º lugar no
ano passado em Educação, estando agora abaixo de países como a Mongólia,
Montenegro, Emirados Árabes Unidos ou Rússia
Portugal caiu para o grupo dos dez países europeus com pior
classificação na área da Educação, mas manteve em 2013 o 27º lugar no Índice
global de Prosperidade que avalia 142 países, foi hoje divulgado.
Portugal desceu de 33º em 2012 para 47º lugar no ano passado em
Educação, estando agora abaixo de países como a Mongólia, Montenegro, Emirados
Árabes Unidos ou Rússia.
Apenas 77% dos portugueses estão satisfeitos com a qualidade da
educação e acreditam que as crianças estão a aprender na escola, o valor mais
baixo de sempre.
Houve também um declínio na escolarização primária, de 99,2 para
98%, o que indica uma quebra no número de crianças que entram para a escola,
apesar de a taxa nacional continuar elevada, e o rádio de professores por aluno
aumentou de 10.
Por outro lado, o número de jovens no ensino superior cresceu, e
Portugal teve em 2013 uma taxa de 69%, a maior de sempre no país registada pelo
índice.
O Índice de Prosperidade é coligido pelo Legatum Institute, que
compara os níveis de riqueza e bem estar, cobrindo 96% da população e 99% do
Produto Interno Bruto mundial.
Tem em conta oito fatores: economia, educação, empreendedorismo e
oportunidades, governação, saúde, liberdade pessoal, segurança e capital
social.
Na economia, Portugal é agora o segundo pior classificado na
Europa ocidental, atrás da Grécia, na área económica, e está agora atrás de
países como Argélia, Colômbia, Marrocos ou Latvia.
Portugal tem também o nono pior valor global de sentimento quanto
à existência de oportunidades de trabalho, tendo apenas nove por cento dos
inquiridos respondido afirmativamente à questão "Pensa que é uma boa
altura para encontrar emprego" - mesmo assim superior à Grécia e Itália
(3%) e Espanha (4%).
"Embora tenham sido registados melhorias na economia portuguesa
no ano passado devido a um aumento da poupança interna bruta, de exportações de
produtos tecnológicos e do investimento direto estrangeiro, ao mesmo tempo que
a inflação baixou, as estatísticas subjetivas sobre as condições de vida não
mostraram progressos", disse a analista do instituto Joana Alfaiate.
Por exemplo, apenas 55% dos portugueses mostraram satisfação com a
qualidade de vida, inferior à média global de 60%, e caiu de 91% em 2011 para
82% a proporção de pessoas com acesso a comida e abrigo, o valor mais baixo
desde sempre.