quarta-feira, dezembro 17, 2014

Governo igual a si próprio nas promessas...como de costume!...

Professores contratados dizem que já esperavam poucos pedidos de compensação

O presidente da associação disse ainda que “caiu por terra o objectivo enunciado pelo ministro Nuno Crato de resolver os problemas caso a caso”
A Associação Nacional de Professores Contratados (ANVPC) declarou hoje que os 85 requerimentos apresentados ao Governo para pedir compensações pelos erros de colocação nas escolas estão “dentro do esperado” e que só os tribunais podem resolver os “problemas profissionais”.
“Desde o início que esperávamos que muito pouca gente recorresse à comissão de acompanhamento para as compensações. Em cerca de 2.500 professores lesados por esses erros de colocação, 85 é um número muito baixo. Isto prova que a comissão estava esvaziada de sentido desde o início”, declarou César Israel Paulo, presidente da ANVPC.
Apelidando a comissão de acompanhamento como uma “comissão das finanças”, preocupada apenas com questões de despesas, César Paulo disse que os professores vão ter que “recorrer para os tribunais para resolver os problemas profissionais” causados pelos erros de colocação.
O presidente da associação disse ainda que “caiu por terra o objectivo enunciado pelo ministro Nuno Crato de resolver os problemas caso a caso”.
“Lamentamos, porque era um momento muito importante para ressarcir os professores e que poderia servir de diagnóstico para o ministério da Educação perceber os problemas decorrentes da Bolsa de Contratação de Escola (BCE).
Um total de 85 professores apresentou requerimentos de compensações financeiras à comissão de acompanhamento, criada na sequência dos erros de colocações de docentes na BCE, adiantou hoje o Ministério da Educação e Ciência (MEC).
“A referida Comissão dispõe de um prazo máximo de 90 dias úteis, a partir da sua constituição, para elaborar um relatório, a apresentar ao senhor ministro da Educação e Ciência”, refere o ministério na nota hoje enviada às redacções.
O prazo para os docentes, que se considerem lesados pelos erros de colocação na BCE, apresentarem requerimentos à comissão de acompanhamento terminou a 10 de Dezembro.
Nuno Crato revelou no parlamento que o Governo pedira ao Conselho Superior da Magistratura para designar um representante para uma comissão avaliar, junto das partes, eventuais compensações a professores lesados com erros nas colocações. 
Foi a resposta de Nuno Crato à oposição parlamentar, que reclamou indemnizações para os professores lesados com contratações anuladas.

A BCE destinou-se a colocar professores nas escolas com autonomia ou classificadas como Território Educativo de Intervenção Prioritária (TEIP) e nas escolas portuguesas no estrangeiro.