O efeito eleitoral "Syriza" vai chegar à Península Ibérica? A interrogação aumenta de pertinência e oPodemos espanhol parece dizer que sim. Não há muito, as forças portuguesas do mesmo espaço eram um exemplo para gregos e espanhóis, mas uma inflamação de egos, e de identificação do pragmatismo e do programa, atrasou (?) o processo.
Há algumas conclusões. Os governos da Península apontam indicadores macro-económicos como vacina anti-Syriza e o caso espanhol até conseguiu encenar o afastamento da troika ou um crescimento acima da média europeia. Mas a ideia que fica é que os eleitores já nem disso querem saber. Estão cansados domainstream, estão cansados das oligarquias, das rendas e da corrupção, estão cansados dos do costume e da podridão do "legal" aparelhismo que atravessou a sociedade. E quando assim é, e mesmo num país como Portugal em que a maioria silenciosa faz jus à designação, as ondas de choque podem aparecer.