quinta-feira, março 05, 2015

As palavras não prescrevem como as dívidas

"E depois há muitos que deviam pagar os impostos e não pagam. Por quê? Porque não declaram as suas actividades. Ora, nós temos a obrigação de corrigir estas injustiças, não há nada mais social-democrata do que isso". "Porque aquilo que deve orientar um princípio de social-democracia é a igualdade de oportunidades, não é o privilégio, mesmo o pequeno privilégio. Se há quem se ponha de fora das suas obrigações para com a sociedade, tendo muito ou pouco, esse alguém está a ser um ónus importante para todos os outros, que têm um fardo maior."



Não admira que este pregador se refira a qualquer esforço de reestruturação ou renegociação de dívidas como um conto para crianças: ele próprio já reestruturava as suas próprias dívidas há muito tempo sem ter que se sujeitar aos caprichos do Eurogrupo. E não, Pedro Passos Coelho também nunca teve que se passear ociosamente disfarçado numa cadeira de rodas falsa diante de nenhum ministério para pedir favores. Este paralítico sempre os pediu lá dentro,, onde ninguém o via.

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