quarta-feira, março 25, 2015

Celeuma da segurança das low cost

Outro desastre aéreo, desta vez muito perto. Não podemos ficar surpreendidos. Só se não voássemos é que não nos despenhávamos de vez em quando.
Há contudo uma questão nova, que é esta das low cost. Sobre esta desgraça nos Alpes, dizem as notícias que é o primeiro acidente com uma companhia low cost europeia. Pode ser só uma curiosidade, mas de repente parece que estamos a falar em segurança, mesmo numa altura em que ainda não se sabe rigorosamente nada sobre esta horrorosa notícia e em que manda o respeito, tanto pelos passageiros como pela companhia, não se retirar conclusões precipitadas.
Mas fará sentido, a seu tempo, um esclarecimento genérico – não relacionado com este incidente – por parte dos especialistas, aos ignorantes dos passageiros. Isto porque, a ideia que eu tenho é que uma companhia low cost consegue preços baixos porque corta nos serviços. Ou seja, vamos todos apertados, temos de atestar nós o avião, se houver gelo para tirar das asas também vamos lá nós, as hospedeiras dão-nos caldos se não temos o cinto e o comandante fala ainda mais para dentro e depressa de maneira a que ninguém perceba mesmo nada.
Sucede que também se fala à boca pequena sobre a segurança das companhias low cost. Correm boatos. Uns dizem que eles só levam combustível para ir até ao fim da pista, outros falam em poupanças na manutenção.
É, talvez fosse bom esclarecer-se isto. As low cost respeitam todas as normas de segurança e a única diferença é termos de ir ao colo de outro passageiro ou os níveis de segurança também são afectados? É que se respeitarem todas as normas de segurança, então não fará sentido continuar a usar esta discriminação de “acidente com companhia low cost” como quem diz “seguramente faltavam alguns parafusos”.
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