segunda-feira, março 23, 2015

E agora um momento de poesia pura e dura!...

Voava Zulmira, quando aquela tira que lhe segurava o chapéu
se soltou das rugas, saltou três verrugas e ao longo nariz se prendeu.
Por isso, ao espirrar, tapou-lhe o ar e estalou com um estrondo tamanho
que atirou com o chapéu e espalhou pelo céu uma chuva de moncos e ranho.


Zulmira tombou e ainda tentou segurar-se à vassoura. Em vão.
O cabo de lenho, polido e com ranho, logo lhe escorregou da mão.
Foi assim que Zulmira, num gira que gira, acabou estatelada no chão.


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