terça-feira, maio 26, 2015

À esquerda que é esquerda: 3 em 1

A Segurança Social está oficialmente a saque. As pensões de reforma de quem trabalhou e trabalha uma vida inteira para garantir uma vida digna na velhice perigam. PSD quer reduzir a TSU aos empregadores. PS responde com descida da TSU não apenas para empregadores, também para trabalhadores. Maria Luís Albuquerque acena com mais reduções nas pensões de reforma dos portugueses e concretiza a ameaça atirando para o ar 600 milhões em cortes adicionais que alegadamente salvariam a sustentabilidade da SS. António Costa riposta, primeiro com a incerteza permanente que o seu rigor se encarregará de dissipar e depois rectificando o seu rigor admitindo recuar na proposta de revisão da TSU dos trabalhadores, e sobre a partilha da responsabilidade da incerteza que criticou ficámos conversados. Da minha parte, não sei de que é que a esquerda está à espera para aproveitar a oportunidade que lhe é servida de bandeja para propor um aumento no salário mínimo que comece a repor o poder de compra perdido ao longo destes 41 anos de democracia. Bastaria um aumento de metade desse valor, não 70 mas apenas 35 euros, pouco mais de um euro diário  no primeiro ano, para produzir descontos de valor aproximado  àquele que a senhora ministra sugeriu roubar a quem já não tem idade para se poder defender. E esquerda que é esquerda seria isto que proporia: reduzir a miséria e a exploração, equilibrar por essa via as contas da Segurança Social e ainda travar mais um roubo. Justiça social, crescimento económico e sustentabilidade do Estado social. É um 3 em 1.

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