sexta-feira, maio 01, 2015

Dia Mundial do Trabalhador... do Colaborador...

Celebrar o Dia do Trabalhador numa época em que o trabalhador é considerado cada vez mais uma despesa, um empecilho ou um mal necessário tem evidentemente um lado cínico.
Só a falta de coragem política é que impede que se institua oficialmente o dia ou os dias: do Capital, do Patrão, do Banqueiro ou, numa linguagem mais moderna e mais abrangente: do Empreendedor, do Financeiro, do Gestor, do Administrador, do CEO, do CFO, da Governance, doBenchmarking, das Sinergias, daAccountability, da Análise Custo-Benefício, da Análise Custo-Eficácia, da Análise de Risco, da Análise SWOT, do Competitivo, doBrainstorming, do Empowerment, da Avaliação de Desempenho, da Avaliação Externa, da Avaliação Interna, das Evidências, do Focus Group, das Competências, da Estratégia, da Gestão Orientada para Resultados, dos Indicadores de Contexto, dos Indicadores de Eficácia, dos Indicadores de Eficiência, dos Indicadores de Impacto, das Taxas de Cobertura, dos Top-Down, dos Inputs, dos Outputs, dos Outcomes, dos Objectivos Estratégicos, dos Objectivos Operacionais, dos Objectivos SMART, do Auditor, da Liderança, da Triangulação, da Key Performance Indicators, dos Stakeholders, da Missão, do Painel de Peritos, do Standard, do Value-For-Money.
Que vale um trabalhador comparado com este universo de intelligence
Celebrar o Dia Mundial do Trabalhador é evidentemente um anacronismo. Até porque já não há trabalhadores, há somente colaboradores. Deste modo, por determinação superior, o 1.º de Maio passará em breve a ser o Dia Mundial do Colaborador, e, a médio prazo, quando a realidade estiver um pouco mais madura, tentar-se-á que a designação passe a ser a de Dia Mundial do Colaboracionista...