sábado, junho 06, 2015

Dad Body, a tendência que liberta

Numa altura em que parecia quase irreversível a tendência para a imagem do homem moderno ter de se parecer com a de um deus grego, porventura com mais material ao nível do zézinho, eis que surge a tendência “dadbod” ou dad body. Na verdade, esta tendência sempre existiu, uma vez que as mulheres não tinham alternativa senão aceitar a inflação do macho em comparação com o mesmo período do ano passado.
Sucede que agora já não será apenas resignação. O homem pode agora ser exibido com orgulho, mesmo que não traga os músculos definidos, antes pelo contrário. E isso é uma boa notícia para a Humanidade, não tanto para todos aqueles que têm andado nos últimos tempos a tentar ficar iguais ao Ronaldo e que agora vão espantar a caça com o seu ar ridículo de pseudo culturistas. Sim, porque não há nada pior do que abdominais mais ou menos definidos num abdómen flácido, porque isso não passa de tunning. É como exibir um Seat quitado como se fosse um Porsche. Há sempre pessoas que apreciam, mas na verdade é patético.
Atenção que não falamos na tradicional pança, naquilo que mais parece um abcesso do que um bandulho e que só agrada a um enfarte. Isso não é um dad body, é um pino de bowling. O dad body é outra coisa, é apenas a passagem do tempo por um agradável esqueleto. O dad body é um Jaguar E. Ora, o que é que é mais bonito, um Jaguar E ou um Lamborghini Aventador?
Com a nova tendência dad body, o homem comum já se pode passear sem deprimir neste autêntico ginásio a céu aberto em que se tornou a praia ou o paredão. Eles e elas estão cada vez mais esculturais e qualquer pessoa menos esculpida já se sentia muito mal ali no meio. É como se fôssemos um Fiat Punto numa concentração de Ferraris.
Mas isso era dantes. Agora é vê-los a ir para os ginásios comer tremoços, amendoins e beber cerveja, ou então a papar baldes de farinha anti-músculo, para tentar chegar ao Verão como deve ser.


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