O tema sustentabilidade da Segurança Social não sai das notícias. Ainda bem. Se lhe soubermos dar o uso devido, e estamos a falar do direito a uma velhice digna para o qual todos trabalhamos, nenhuma informação peca por excesso.
Um dos alertas do dia chega-nos através de um relatório da Comissão Europeia que mais uma vez chama a atenção para um futuro que a todos deve preocupar: mantendo-se as actuais regras, quem hoje trabalha e faz descontos para no final da sua carreira contributiva receber uma reforma de 1000 euros pode começar desde já a pensar na melhor forma de agir para evitar chegar a 2025, que é já daqui a dez anos, e, em vez dos mil, receber um pouco menos de 450 euros, valor que irá encolhendo até aos pouco mais de 300 euros que a CE prevê seja a pensão a receber por quem hoje faz descontos para ter direito a 1000.
O outro alerta encontramo-lo nas abordagens a estes números dos "especialistas" que contribuíram para que hoje nos alarmemos com a perspectiva das velhices miseráveis que o uso que deram ao poder que lhes foi confiado pelos eleitorados respectivos produziu. Resumem o problema a uma mera questão demográfica. Envelhecemos, têm toda a razão, dizem que temos poucos jovens, continuam com toda a razão, mas ignoram as estatísticas do emprego que mostram que sendo poucos os jovens que temos são demasiados, a taxa de desemprego jovem vai chegando aos 40%, e fazem de conta que não conhecem as estatísticas da emigração que nos mostram que temos tanta falta de jovens que até os exportamos. Estupidez natural? Nada disso.
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