Agora que o filme Libertarias do realizador do país vizinho Vicente Aranda saiu de cartaz, estamos muito mais à vontade para tecer alguns comentários.
Decididamente não se tratava de um documentário sobre as mulheres na revolução espanhola em 1936. Trata-se sim duma obra de ficção, eventualmente com alguns aspectos anacrónicos pelo meio, poderão considerar alguns, embora com uma carga realista e com um respeito histórico que não deverão ter deixado os libertários indiferentes. Filme pujante do ponto de vista cinematográfico, com uma grande dose de humor, apesar do cenário de guerra civil.
Do meu ponto de vista, o único grande senão que o filme levanta, é quando no texto do início e que serve de introdução e de enquadramento a toda a narrativa se conclui dizendo que a revolução anarquista não triunfou porque era uma revolução utópica e como tal impossível. Do ponto de vista teórico estamos naturalmente, em total desacordo com estas considerações. Do ponto de vista prático o filme não explica nem justifica esta posição, pois os limites históricos desta narrativa cinematográfica terminam ainda durante o ano de 36.
Exercendo uma reflexão crítica contínua também nos poderíamos interrogar do “como” é que estes actores consagrados, quer pelas suas capacidades interpretativas ou por pertencerem ao mundo vip como agora repetidamente se diz numa linguagem TVpimbaburguesa puderam participar num filme com estas características.
Finalizando, a importância histórica deste filme tem mais a ver com o futuro do que com o estudo retrospectivo do passado. Tem mais a ver com o pensar, o mobilizar e o catapultar dos libertários no sentido de se organizarem numa estrutura única mas plural, em vez de continuarem a agir intrincheirados em capelinhas de costas mais ou menos viradas, uns contra os outros.
Decididamente não se tratava de um documentário sobre as mulheres na revolução espanhola em 1936. Trata-se sim duma obra de ficção, eventualmente com alguns aspectos anacrónicos pelo meio, poderão considerar alguns, embora com uma carga realista e com um respeito histórico que não deverão ter deixado os libertários indiferentes. Filme pujante do ponto de vista cinematográfico, com uma grande dose de humor, apesar do cenário de guerra civil.
Do meu ponto de vista, o único grande senão que o filme levanta, é quando no texto do início e que serve de introdução e de enquadramento a toda a narrativa se conclui dizendo que a revolução anarquista não triunfou porque era uma revolução utópica e como tal impossível. Do ponto de vista teórico estamos naturalmente, em total desacordo com estas considerações. Do ponto de vista prático o filme não explica nem justifica esta posição, pois os limites históricos desta narrativa cinematográfica terminam ainda durante o ano de 36.
Exercendo uma reflexão crítica contínua também nos poderíamos interrogar do “como” é que estes actores consagrados, quer pelas suas capacidades interpretativas ou por pertencerem ao mundo vip como agora repetidamente se diz numa linguagem TVpimbaburguesa puderam participar num filme com estas características.
Finalizando, a importância histórica deste filme tem mais a ver com o futuro do que com o estudo retrospectivo do passado. Tem mais a ver com o pensar, o mobilizar e o catapultar dos libertários no sentido de se organizarem numa estrutura única mas plural, em vez de continuarem a agir intrincheirados em capelinhas de costas mais ou menos viradas, uns contra os outros.
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