Antígona é uma promessa que se está a cumprir. Com rigor, está a cumprir-se há dez anos. É isto que este livro pretende dar testemunho. É este fundamentalmente o objectivo do seu editor Luís de Oliveira: "Este livro, publicado a propósito dos dez anos de vida de uma editora (com alguns textos de amigos ou cúmplices que a ela estão ou estiveram ligados), é pois uma pequena lembrança - um recuerdo afectivo, um souvenir..."
Dez anos que é apesar de tudo, muito tempo, é o timing apropriado para se fazer o balanço dum projecto como o da Antígona e na nossa perspectiva esse balanço só pode ser positivo. Luís de oliveira teve a potencialidade libertária de publicar certos textos que possivelmente nunca veriam a sua edição, se não fosse na Antígona, em língua portuguesa. Aliás a sua justificação com rigor e objectividade é mencionada logo no prólogo quando se diz que: "É nesta perspectiva, crítica em relação aos poderes constituídos e demais valores decrépitos, que a Antígona se move".
Um aspecto que do meu ponto de vista é fundamental e que também serve para caracterizar a Antígona é a sua opção ideológica e nesse aspecto o editor é categórico: " A Antígona não simpatiza com nenhum partido ou bandeira e não é correcto rotulá-la de esquerda como sistema de dominação, porque não quer uma revolução que nos impeça de dançar, diria Emma Goldman." Deve-se salientar, no entanto, que não deixa de ser significativo que o autor citado é uma conhecida revolucionária de início do século e que portanto se a Antígona quer a revolução sem poder deixar de dançar, essa revolução só pode ser a revolução libertária.
Júlio Henriques e coordenador da revista Pravda diz no seu contributo Ignorância é Força que " o propósito desta pequena editora foi sempre o de contribuir para a subversão do mundo..." Não será esse um dos objectivos dos movimentos libertários? Não será precisamente esse o objectivo principal da própria Batalha? Tudo nos aproxima da Antígona e é por isso fundamentalmente que não poderíamos deixar de fazer uma referência à edição deste livro.
Para ser sincero comigo próprio, com os leitores de A Batalha e com o Luís de Oliveira não posso dizer que a leitura deste livro seja verdadeiramente indespensável. Indespensável sim, é a leitura e a reflexão das obras mencionadas neste livro.
É urgente que a Antígona continue o seu trabalho de edição/subversão nem que para isso ela tenha que continuar a ser uma editora num vão de escada.
Dez anos que é apesar de tudo, muito tempo, é o timing apropriado para se fazer o balanço dum projecto como o da Antígona e na nossa perspectiva esse balanço só pode ser positivo. Luís de oliveira teve a potencialidade libertária de publicar certos textos que possivelmente nunca veriam a sua edição, se não fosse na Antígona, em língua portuguesa. Aliás a sua justificação com rigor e objectividade é mencionada logo no prólogo quando se diz que: "É nesta perspectiva, crítica em relação aos poderes constituídos e demais valores decrépitos, que a Antígona se move".
Um aspecto que do meu ponto de vista é fundamental e que também serve para caracterizar a Antígona é a sua opção ideológica e nesse aspecto o editor é categórico: " A Antígona não simpatiza com nenhum partido ou bandeira e não é correcto rotulá-la de esquerda como sistema de dominação, porque não quer uma revolução que nos impeça de dançar, diria Emma Goldman." Deve-se salientar, no entanto, que não deixa de ser significativo que o autor citado é uma conhecida revolucionária de início do século e que portanto se a Antígona quer a revolução sem poder deixar de dançar, essa revolução só pode ser a revolução libertária.
Júlio Henriques e coordenador da revista Pravda diz no seu contributo Ignorância é Força que " o propósito desta pequena editora foi sempre o de contribuir para a subversão do mundo..." Não será esse um dos objectivos dos movimentos libertários? Não será precisamente esse o objectivo principal da própria Batalha? Tudo nos aproxima da Antígona e é por isso fundamentalmente que não poderíamos deixar de fazer uma referência à edição deste livro.
Para ser sincero comigo próprio, com os leitores de A Batalha e com o Luís de Oliveira não posso dizer que a leitura deste livro seja verdadeiramente indespensável. Indespensável sim, é a leitura e a reflexão das obras mencionadas neste livro.
É urgente que a Antígona continue o seu trabalho de edição/subversão nem que para isso ela tenha que continuar a ser uma editora num vão de escada.
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