A França está ao rubro com manifestações contra uma lei que permite despedir jovens nos primeiros dois anos de trabalho, sem justificação, até aos 26 anos de idade. É verdade que Ignacio Ramonet no texto Geração rasca diz que: “Há em França como que um ar de Maio de 68. De novo universidades em greve, estudantes a protestar, barricadas no Bairro Latino, confrontos com os guardas de assalto... Mas as aparências terminam aí. Ainda que as imagens sejam semelhantes, e muitos estudantes retomem alguns dos lemas míticos daquele Maio lendário – «Debaixo do paralelo, a praia» –, a história não se está a repetir.
Com um crescimento económico avassalador, a França era há quase 40 anos uma sociedade próspera, com tanta oferta de emprego que tinha de importar milhões de trabalhadores estrangeiros. Os que se sublevaram então não o fizeram por temor a não encontrar trabalho, mas – e aí reside todo o mistério simbólico daquela explosão – para protestar contra uma sociedade muito conservadora em matéria de costumes e cada vez mais consumista, que podia castrar os ideais de liberdade de toda uma geração.” A situação é diferente, a luta é diferente. Aí Ramonet tem razão: No entanto a luta é igualmente justa.
O Governo francês pensava que os estudantes, ocupados com a aproximação dos exames, iam estar distraídos. Enganou-se. Os jovens foram para as ruas dizer o que pensam de uma lei que quer tratá-los como mercadoria. Cerca de 50 das 80 universidades estão fechadas, mostrando o apoio que os alunos têm dos professores e reitores. Trabalhadores e sindicatos estão também nas ruas. O povo francês não se deixa ficar: assim lutou já nas ruas há 200 anos. Ao contrário, os portugueses são umas ovelhas que seguem tudo o que lhes mandam. Veja-se o caso dos professores…
Os franceses fazendo jus à tradição, à sua tradição, não vão desistir. Ou o governo recua e retira a lei ou então o governo terá grandes hipóteses de ir ao fundo. É essa a minha aposta.
E é bom que assim seja. Porque senão muito brevemente teríamos o CPE (contrato do primeiro emprego) noutros países e nomeadamente em Portugal, muito provavelmente pela mão, não do próximo governo, mas já do governo pseudo socialista de Sócrates.
Pelos próximos tempos somos todos franceses!
Com um crescimento económico avassalador, a França era há quase 40 anos uma sociedade próspera, com tanta oferta de emprego que tinha de importar milhões de trabalhadores estrangeiros. Os que se sublevaram então não o fizeram por temor a não encontrar trabalho, mas – e aí reside todo o mistério simbólico daquela explosão – para protestar contra uma sociedade muito conservadora em matéria de costumes e cada vez mais consumista, que podia castrar os ideais de liberdade de toda uma geração.” A situação é diferente, a luta é diferente. Aí Ramonet tem razão: No entanto a luta é igualmente justa.
O Governo francês pensava que os estudantes, ocupados com a aproximação dos exames, iam estar distraídos. Enganou-se. Os jovens foram para as ruas dizer o que pensam de uma lei que quer tratá-los como mercadoria. Cerca de 50 das 80 universidades estão fechadas, mostrando o apoio que os alunos têm dos professores e reitores. Trabalhadores e sindicatos estão também nas ruas. O povo francês não se deixa ficar: assim lutou já nas ruas há 200 anos. Ao contrário, os portugueses são umas ovelhas que seguem tudo o que lhes mandam. Veja-se o caso dos professores…
Os franceses fazendo jus à tradição, à sua tradição, não vão desistir. Ou o governo recua e retira a lei ou então o governo terá grandes hipóteses de ir ao fundo. É essa a minha aposta.
E é bom que assim seja. Porque senão muito brevemente teríamos o CPE (contrato do primeiro emprego) noutros países e nomeadamente em Portugal, muito provavelmente pela mão, não do próximo governo, mas já do governo pseudo socialista de Sócrates.
Pelos próximos tempos somos todos franceses!
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