A captura de soldados israelitas pelo Hezbollah providenciou
a desculpa para um assalto planeado durante meses
Seja o que for que pensemos sobre o assalto de Israel contra o Líbano, parece que todos nós concordamos num facto: que se tratou de uma resposta, ainda que desproporcionada, a um ataque não‑provocado do Hezbollah. Repeti este “facto” na minha última coluna quando escrevi que o «Hezbollah disparou os primeiros tiros». Assim sendo, os partidários do governo israelita perguntam aos pacifistas como eu: o que terias feito tu? É uma pergunta importante. Mas a sua premissa, segundo acabo de descobrir, é incorrecta.
Desde que Israel se retirou do sul do Líbano, em Maio de 2000, houve centenas de violações da “linha azul” entre os dois países. A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) informa que a aviação israelita cruzou a linha «numa base quase diária» entre 2001 e 2003, e «persistentemente» até 2006 [1]. Estas incursões «causaram grande preocupação na população civil, especialmente os voos a baixa altitude que rompem a barreira do som sobre áreas habitadas». Em algumas ocasiões, o Hezbollah tentou derrubá‑los com armas antiaéreas.
Em Outubro de 2000, as Forças de Defesa de Israel (IDF) dispararam contra manifestantes palestinianos desarmados na fronteira, matando três e ferindo 20. Em resposta, o Hezbollah cruzou a linha e sequestrou três soldados israelitas. Em várias ocasiões, o Hezbollah disparou salvas de mísseis e morteiros contra posições das IDF, e as IDF responderam com artilharia pesada e por vezes com bombardeamentos aéreos. Incidentes deste tipo mataram três israelitas e três libaneses em 2003; um soldado israelita e dois combatentes do Hezbollah em 2005 e dois libaneses e três soldados israelitas em Fevereiro de 2006. Foguetes foram disparados do Líbano contra Israel várias vezes em 2004, 2005 e 2006, em algumas ocasiões pelo Hezbollah. Mas, regista a ONU, «nenhum dos incidentes resultou numa escalada militar» [2].
Em 26 de Maio deste ano, dois oficiais da Jihad Islâmica — Nidal e Mahmoud Majzoub — morreram pela explosão de um carro bomba na cidade libanesa de Sidon. Foi amplamente assumido no Líbano e em Israel como sendo trabalho da Mossad, o serviço secreto israelita [3]. Em Junho, um homem chamado Mahmoud Rafeh confessou a autoria dos crimes e admitiu que trabalhava para a Mossad desde 1994 [4]. Militantes no sul do Líbano responderam, no dia do atentado, lançando oito foguetes contra Israel. Um soldado ficou ligeiramente ferido. Houve uma grande agitação na fronteira, durante a qual um membro do Hezbollah foi morto e vários feridos, e um soldado israelita ficou ferido. Mas porquanto a zona fronteiriça «permaneceu tensa e volátil», a UNIFIL afirma que esteve «em geral calma» até 12 de Julho [5].
Tem havido um acalorado debate na Internet sobre se os dois soldados israelitas sequestrados nesse dia pelo Hezbollah foram capturados em Israel ou no Líbano [6], mas parece agora bastante claro que foram capturados em Israel. Isso é o que diz a ONU, e até o Hezbollah parece ter‑se esquecido de que era suposto terem sido encontrados introduzindo‑se furtivamente nos arredores da aldeia libanesa de Aitaa al‑Chaab. Agora afirma simplesmente que «a resistência islâmica capturou dois soldados israelitas na fronteira com a Palestina ocupada» [7]. Outros três soldados israelitas foram mortos pelos militantes. Também se discute sobre quando, no dia 12 de Julho, Hezbollah disparou os seus primeiros foguetes; mas a UNIFIL deixa claro que os disparos tiveram lugar ao mesmo tempo que a incursão, às 9 da manhã. O seu propósito parece ter sido criar uma diversão. Ninguém foi atingido.
Mas não há debate sério sobre por que motivo foram capturados os dois soldados: o Hezbollah procurava trocá‑los pelos 15 prisioneiros de guerra tomados pelos israelitas durante a ocupação do Líbano [8] e (em violação do artigo 118 da Terceira Convenção de Genebra [9]) nunca libertados. Parece claro que se Israel tivesse entregue os prisioneiros, teria – sem derramar mais sangue – recuperado os seus homens e reduzido a probabilidade de futuros sequestros. Mas o governo israelita recusou-se a negociar. Em vez disso – bem, todos nós sabemos o que aconteceu em vez disso. Até agora morreram quase 1.000 civis libaneses e 33 civis israelitas, e um milhão de libaneses estão deslocados das suas casas.
Por outras palavras, no dia 12 de Julho, o Hezbollah disparou os primeiros tiros. Mas esse acto de agressão foi simplesmente uma instância numa longa sucessão de pequenas incursões e ataques levados a cabo por ambas as partes ao longo dos últimos seis anos. Assim, por que motivo a resposta israelita foi tão diferente de todas as anteriores? A resposta é que não se tratou de uma reacção aos acontecimentos desse dia. O assalto tinha sido planeado durante meses.
O San Francisco Chronicle informa que «Há mais de um ano, um alto oficial do exército israelita começou a oferecer apresentações de PowerPoint, com carácter oficioso, a diplomatas, jornalistas e think tanks, estadunidenses e de outras nacionalidades, mostrando o plano da actual operação em significativo detalhe» [10]. O ataque, disse ele, duraria três semanas. Começaria com bombardeamentos e culminaria com uma invasão terrestre. Gerald Steinberg, professor de ciência política na Universidade Bar-Ilan, declarou ao jornal que «de todas as guerras de Israel desde 1948, esta é aquela para a qual Israel estava melhor preparada... Por volta de 2004, a campanha militar agendada para durar cerca de três semanas que estamos a ver agora já tinha sido desbloqueada e, no último ano ou dois, foi simulada e ensaiada no tabuleiro» [11].
Um «alto funcionário israelita» disse ao Washington Post que a incursão do Hezbollah providenciou a Israel uma «ocasião única» para limpar o Hezbollah [12]. O editor do New Statesman, John Kampfner, afirma que mais do que uma fonte oficial lhe disse que o governo dos Estados Unidos conhecia de antemão a intenção de Israel de empreender uma acção militar no Líbano [13]. A administração Bush contou ao governo britânico [14].
O assalto de Israel foi, então, premeditado: estava simplesmente à espera de uma desculpa apropriada. Foi igualmente desnecessário. É verdade que o Hezbollah tinha vindo a acumular munições perto da fronteira, como demonstram os seus actuais ataques com foguetes. Mas o mesmo fazia Israel. Tal como Israel podia afirmar que procurava dissuadir incursões do Hezbollah, o Hezbollah podia alegar – também com justificação – que tentava dissuadir incursões de Israel. O exército libanês é, certamente, incapaz de fazê-lo. Sim, o Hezbollah devia ter sido afastado da fronteira israelita pelo governo libanês e desarmado. Sim, a incursão e o ataque com foguetes no dia 12 de Julho foram injustificados, estúpidos e provocadores, exactamente como tudo o que aconteceu em torno da fronteira nos últimos seis anos. Mas a sugestão de que o Hezbollah poderia lançar uma invasão de Israel ou que constitui uma ameaça existencial para o Estado é absurda. Desde que finalizou a ocupação, todos os seus actos de guerra foram menores, e quase todos eles reactivos.
Assim, não é difícil responder à pergunta sobre o que teríamos nós feito. Primeiro, deixar de recrutar inimigos, retirando dos territórios ocupados na Palestina e na Síria. Segundo, deixar de provocar os grupos armados no Líbano com violações da linha azul – em particular os voos transfronteiriços persistentes. Terceiro, libertar os prisioneiros de guerra que permanecem ilegalmente encarcerados em Israel. Quarto, continuar a defender a fronteira, mantendo simultaneamente a pressão sobre o Líbano para que desarme o Hezbollah (como qualquer um pode ver, isto seria muito mais exequível se as ocupações terminassem). Aqui está pois o meu desafio aos partidários do governo israelita: atrever-vos-íeis a sustentar que este programa teria causado mais morte e destruição do que a aventura actual provocou?
[1] UNIFIL, Lebanon – UNIFIL – Background, Agosto de 2006.
[2] Ibid.
[3] Ver FAIR (Fairness and Accuracy in Reporting), Down the Memory Hole: Israeli contribution to conflict is forgotten by leading papers. 28/07/2006.
[4] Nicholas Blanford, “Lebanon exposes deadly Israeli spy ring”. The Times, 15/06/2006.
[5] Report of the Secretary-General on the United Nations Interim Force in Lebanon (For the period from 21 January 2006 to 18 July 2006) (pdf, 2,08 Mb). UN Security Council, 21/07/2006.
[6] Ver, por exemplo: Joshua Frank, Kidnapped in Israel; Captured in Lebanon?, Antiwar.com, 25/07/2006; e http://www.whatreallyhappened.com/israeli_solders.html.
[7] Hezbollah, citado em Hezbollah not to blame for war, reports show. BigNewsNetwork.com, 04/08/2006.
[8] http://www.unhchr.ch/html/menu3/b/91.htm
[9] Eles estão listados pelo Khiam Center, em:
http://www.khiamcenter.org/names%20of%20leb%20detainees%20and%20missing.doc
[10] Matthew Kalman, “Israel set war plan more than a year ago: Strategy was put in motion as Hezbollah began gaining military strength in Lebanon”. San Francisco Chronicle, 21/07/2006.
[11] Citado por Matthew Kalman, ibid.
[12] Robin Wright, Strikes Are Called Part of Broad Strategy: U.S., Israel Aim to Weaken Hezbollah, Region's Militants. Washington Post, 16/07/2006. A minha atenção foi guiada para este artigo por Tanya Reinhart, Israel’s “New Middle East”, 28/07/2006.
[13] John Kampfner, pers comm.
[14] John Kampfner, “Blood on his hands”. New Statesman, 07/08/2006.
George Monbiot
http://infoalternativa.org/autores/monbiot/monbiot046.htm
a desculpa para um assalto planeado durante meses
Seja o que for que pensemos sobre o assalto de Israel contra o Líbano, parece que todos nós concordamos num facto: que se tratou de uma resposta, ainda que desproporcionada, a um ataque não‑provocado do Hezbollah. Repeti este “facto” na minha última coluna quando escrevi que o «Hezbollah disparou os primeiros tiros». Assim sendo, os partidários do governo israelita perguntam aos pacifistas como eu: o que terias feito tu? É uma pergunta importante. Mas a sua premissa, segundo acabo de descobrir, é incorrecta.
Desde que Israel se retirou do sul do Líbano, em Maio de 2000, houve centenas de violações da “linha azul” entre os dois países. A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) informa que a aviação israelita cruzou a linha «numa base quase diária» entre 2001 e 2003, e «persistentemente» até 2006 [1]. Estas incursões «causaram grande preocupação na população civil, especialmente os voos a baixa altitude que rompem a barreira do som sobre áreas habitadas». Em algumas ocasiões, o Hezbollah tentou derrubá‑los com armas antiaéreas.
Em Outubro de 2000, as Forças de Defesa de Israel (IDF) dispararam contra manifestantes palestinianos desarmados na fronteira, matando três e ferindo 20. Em resposta, o Hezbollah cruzou a linha e sequestrou três soldados israelitas. Em várias ocasiões, o Hezbollah disparou salvas de mísseis e morteiros contra posições das IDF, e as IDF responderam com artilharia pesada e por vezes com bombardeamentos aéreos. Incidentes deste tipo mataram três israelitas e três libaneses em 2003; um soldado israelita e dois combatentes do Hezbollah em 2005 e dois libaneses e três soldados israelitas em Fevereiro de 2006. Foguetes foram disparados do Líbano contra Israel várias vezes em 2004, 2005 e 2006, em algumas ocasiões pelo Hezbollah. Mas, regista a ONU, «nenhum dos incidentes resultou numa escalada militar» [2].
Em 26 de Maio deste ano, dois oficiais da Jihad Islâmica — Nidal e Mahmoud Majzoub — morreram pela explosão de um carro bomba na cidade libanesa de Sidon. Foi amplamente assumido no Líbano e em Israel como sendo trabalho da Mossad, o serviço secreto israelita [3]. Em Junho, um homem chamado Mahmoud Rafeh confessou a autoria dos crimes e admitiu que trabalhava para a Mossad desde 1994 [4]. Militantes no sul do Líbano responderam, no dia do atentado, lançando oito foguetes contra Israel. Um soldado ficou ligeiramente ferido. Houve uma grande agitação na fronteira, durante a qual um membro do Hezbollah foi morto e vários feridos, e um soldado israelita ficou ferido. Mas porquanto a zona fronteiriça «permaneceu tensa e volátil», a UNIFIL afirma que esteve «em geral calma» até 12 de Julho [5].
Tem havido um acalorado debate na Internet sobre se os dois soldados israelitas sequestrados nesse dia pelo Hezbollah foram capturados em Israel ou no Líbano [6], mas parece agora bastante claro que foram capturados em Israel. Isso é o que diz a ONU, e até o Hezbollah parece ter‑se esquecido de que era suposto terem sido encontrados introduzindo‑se furtivamente nos arredores da aldeia libanesa de Aitaa al‑Chaab. Agora afirma simplesmente que «a resistência islâmica capturou dois soldados israelitas na fronteira com a Palestina ocupada» [7]. Outros três soldados israelitas foram mortos pelos militantes. Também se discute sobre quando, no dia 12 de Julho, Hezbollah disparou os seus primeiros foguetes; mas a UNIFIL deixa claro que os disparos tiveram lugar ao mesmo tempo que a incursão, às 9 da manhã. O seu propósito parece ter sido criar uma diversão. Ninguém foi atingido.
Mas não há debate sério sobre por que motivo foram capturados os dois soldados: o Hezbollah procurava trocá‑los pelos 15 prisioneiros de guerra tomados pelos israelitas durante a ocupação do Líbano [8] e (em violação do artigo 118 da Terceira Convenção de Genebra [9]) nunca libertados. Parece claro que se Israel tivesse entregue os prisioneiros, teria – sem derramar mais sangue – recuperado os seus homens e reduzido a probabilidade de futuros sequestros. Mas o governo israelita recusou-se a negociar. Em vez disso – bem, todos nós sabemos o que aconteceu em vez disso. Até agora morreram quase 1.000 civis libaneses e 33 civis israelitas, e um milhão de libaneses estão deslocados das suas casas.
Por outras palavras, no dia 12 de Julho, o Hezbollah disparou os primeiros tiros. Mas esse acto de agressão foi simplesmente uma instância numa longa sucessão de pequenas incursões e ataques levados a cabo por ambas as partes ao longo dos últimos seis anos. Assim, por que motivo a resposta israelita foi tão diferente de todas as anteriores? A resposta é que não se tratou de uma reacção aos acontecimentos desse dia. O assalto tinha sido planeado durante meses.
O San Francisco Chronicle informa que «Há mais de um ano, um alto oficial do exército israelita começou a oferecer apresentações de PowerPoint, com carácter oficioso, a diplomatas, jornalistas e think tanks, estadunidenses e de outras nacionalidades, mostrando o plano da actual operação em significativo detalhe» [10]. O ataque, disse ele, duraria três semanas. Começaria com bombardeamentos e culminaria com uma invasão terrestre. Gerald Steinberg, professor de ciência política na Universidade Bar-Ilan, declarou ao jornal que «de todas as guerras de Israel desde 1948, esta é aquela para a qual Israel estava melhor preparada... Por volta de 2004, a campanha militar agendada para durar cerca de três semanas que estamos a ver agora já tinha sido desbloqueada e, no último ano ou dois, foi simulada e ensaiada no tabuleiro» [11].
Um «alto funcionário israelita» disse ao Washington Post que a incursão do Hezbollah providenciou a Israel uma «ocasião única» para limpar o Hezbollah [12]. O editor do New Statesman, John Kampfner, afirma que mais do que uma fonte oficial lhe disse que o governo dos Estados Unidos conhecia de antemão a intenção de Israel de empreender uma acção militar no Líbano [13]. A administração Bush contou ao governo britânico [14].
O assalto de Israel foi, então, premeditado: estava simplesmente à espera de uma desculpa apropriada. Foi igualmente desnecessário. É verdade que o Hezbollah tinha vindo a acumular munições perto da fronteira, como demonstram os seus actuais ataques com foguetes. Mas o mesmo fazia Israel. Tal como Israel podia afirmar que procurava dissuadir incursões do Hezbollah, o Hezbollah podia alegar – também com justificação – que tentava dissuadir incursões de Israel. O exército libanês é, certamente, incapaz de fazê-lo. Sim, o Hezbollah devia ter sido afastado da fronteira israelita pelo governo libanês e desarmado. Sim, a incursão e o ataque com foguetes no dia 12 de Julho foram injustificados, estúpidos e provocadores, exactamente como tudo o que aconteceu em torno da fronteira nos últimos seis anos. Mas a sugestão de que o Hezbollah poderia lançar uma invasão de Israel ou que constitui uma ameaça existencial para o Estado é absurda. Desde que finalizou a ocupação, todos os seus actos de guerra foram menores, e quase todos eles reactivos.
Assim, não é difícil responder à pergunta sobre o que teríamos nós feito. Primeiro, deixar de recrutar inimigos, retirando dos territórios ocupados na Palestina e na Síria. Segundo, deixar de provocar os grupos armados no Líbano com violações da linha azul – em particular os voos transfronteiriços persistentes. Terceiro, libertar os prisioneiros de guerra que permanecem ilegalmente encarcerados em Israel. Quarto, continuar a defender a fronteira, mantendo simultaneamente a pressão sobre o Líbano para que desarme o Hezbollah (como qualquer um pode ver, isto seria muito mais exequível se as ocupações terminassem). Aqui está pois o meu desafio aos partidários do governo israelita: atrever-vos-íeis a sustentar que este programa teria causado mais morte e destruição do que a aventura actual provocou?
[1] UNIFIL, Lebanon – UNIFIL – Background, Agosto de 2006.
[2] Ibid.
[3] Ver FAIR (Fairness and Accuracy in Reporting), Down the Memory Hole: Israeli contribution to conflict is forgotten by leading papers. 28/07/2006.
[4] Nicholas Blanford, “Lebanon exposes deadly Israeli spy ring”. The Times, 15/06/2006.
[5] Report of the Secretary-General on the United Nations Interim Force in Lebanon (For the period from 21 January 2006 to 18 July 2006) (pdf, 2,08 Mb). UN Security Council, 21/07/2006.
[6] Ver, por exemplo: Joshua Frank, Kidnapped in Israel; Captured in Lebanon?, Antiwar.com, 25/07/2006; e http://www.whatreallyhappened.com/israeli_solders.html.
[7] Hezbollah, citado em Hezbollah not to blame for war, reports show. BigNewsNetwork.com, 04/08/2006.
[8] http://www.unhchr.ch/html/menu3/b/91.htm
[9] Eles estão listados pelo Khiam Center, em:
http://www.khiamcenter.org/names%20of%20leb%20detainees%20and%20missing.doc
[10] Matthew Kalman, “Israel set war plan more than a year ago: Strategy was put in motion as Hezbollah began gaining military strength in Lebanon”. San Francisco Chronicle, 21/07/2006.
[11] Citado por Matthew Kalman, ibid.
[12] Robin Wright, Strikes Are Called Part of Broad Strategy: U.S., Israel Aim to Weaken Hezbollah, Region's Militants. Washington Post, 16/07/2006. A minha atenção foi guiada para este artigo por Tanya Reinhart, Israel’s “New Middle East”, 28/07/2006.
[13] John Kampfner, pers comm.
[14] John Kampfner, “Blood on his hands”. New Statesman, 07/08/2006.
George Monbiot
http://infoalternativa.org/autores/monbiot/monbiot046.htm
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