É a segunda vez que se reúnem. Patrões, ex-socialistas desde sempre liberais, ideólogos de direita, aspirantes a ministros de políticas liberais, ... , reúnem-se para pressionarem o Presidente da Republica, para pressionarem o governo Sócrates, para influenciarem uma lógica ainda mais capitalista na sociedade portuguesa.Repetem sempre as mesmas receitas: liberalizar, desregulamentar, privatizar, despedir/dispensar. Mas conseguem sempre, enquanto reúnem, exposição mediática... como se o que dissessem e propusessem fosse inovador!Os principais mentores do dito "Compromisso Portugal" são também os principais responsáveis por atropelos aos direitos laborais nas empresas que dirigem. Aliás defender "direitos laborais" é para estes comprometidos patrões algo que não é moderno nem rentável ...Não criticam José Sócrates pois vêm no primeiro-ministro alguém de uma "esquerda moderna" que, com um bocadinho de jeito, ainda virá a participar como um membro activo do "Compromisso Portugal". Não andaremos muito longe da verdade se especularmos que Sócrates deverá preferir o diálogo com os dirigentes do "Compromisso Portugal" do que com os trabalhadores militantes do PS que andam preocupados e revoltados com os pontapés que o governo vai dando no Serviço Nacional de Saúde ...O "Compromisso Portugal" não vai a votos nem tem deputados, mas sabe que controla o poder económico-financeiro que vai controlando crescentemente o poder político ...Tomara que os sindicatos, as comissões de trabalhadores, os partidos e grupos das esquerdas tivesse a necessária clarividência e coragem políticas para organizarem e realizarem um Compromisso Socialista que conseguisse dar um outro curso nos planos económico, social e político!
http://militantesocialista.blogspot.com/
"Compromisso Portugal"
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PATRÕES QUEREM DEMISSÃO DE 200 MIL FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
Depois de terem exigido ao governo que entregasse aos patrões um vasto conjunto de empresas públicas, entre as quais se incluía a TAP, a ANA e a EDP, os patrões organizados no Compromisso Portugal e capitaneados pelo director de campanha de Cavaco Silva, exigem agora o despedimento de 200 mil funcionários públicos. Leia o comunicado do Bloco de Esquerda O Compromisso Portugal, movimento de reflexão que ontem realizou a sua segunda Convenção, propõe que o número de funcionários públicos seja reduzido em 200 mil, mais de um quarto dos actuais 737.774 funcionários. Os proponentes, que não fizeram nenhum estudo sobre o impacto social e os custos acrescidos para a Segurança Social, garantem que se pouparia até 5 mil milhões de euros por ano. Os promotores António Nogueira Leite e Fernando Pacheco, autores do texto, pretendem fazer acompanhar esta vaga de despedimentos pela entrega de uma maior fatia da educação e da saúde aos privados: defendem um aumento de 12 para 25% da oferta de escolas privadas e de 23 para 35% do peso dos hospitais privados. Entre as medidas que poderiam vir a ser adoptadas num programa de redução do número de efectivos da Administração Pública, os promotores defendem o fim do prolongamento dos contratos temporários em organismos que tenham pessoal excedentário e o preenchimento de lacunas com recursos internos.
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