quinta-feira, setembro 28, 2006

A Ásia Central entre nacionalismo e islamismo

Preocupados com a “crescente crise” entre a Rússia e os Estados Unidos, especialistas dos dois países aproveitaram a Cimeira de Bratislava para lançar um apelo a Vladimir Putin e George W. Bush no sentido de estes «intensificarem a cooperação antiterrorista no Médio Oriente e no Cáucaso». Propõem inclusivamente a criação de uma base militar comum no Quirguistão. Enquanto isso, prossegue o braço de ferro entre Moscovo e Washington na Ásia Central, região dilacerada entre nacionalismo e islamismo.

No centro de Duchambe, capital do Tadjiquistão, ergue-se uma gigantesca estátua de Ismoil Somoni, rei persa que edificou no século X um império na Ásia Central. Ao passar sob uma espécie de arco do triunfo, logo atrás da estátua, acedemos, por um esplêndido roseiral, a uma maqueta em mármore que representa, da margem do Mar Cáspio às fronteiras da China, o Império de Somoni. A sua capital não era Duchambe, mas Bukhara, cidade actualmente situada no Uzbequistão. Isto resume bem os problemas de identidade e de fronteiras nacionais típicos da Ásia Central. Inaugurado em 1999, este monumento custou cerca de 20 milhões de dólares (ou seja, 18 milhões de euros), numa época em que o orçamento anual do Estado não ultrapassava os 250 milhões de dólares (230 milhões de euros). É que se atribui muito valor aos símbolos na Ásia Central, onde, muito para além do Tadjiquistão, se leva bastante a sério o culto desta longínqua dinastia.

No vizinho Uzbequistão, as estátuas de Lenine e de Marx deram lugar às de Emir Timur (Tamerlão). No centro de Taschkent foi justamente erigida uma estátua equestre desse conquistador do século XVI, brandindo a sua espada. As autoridades uzbeques procuram assim projectar uma imagem de força, mas os povos vizinhos guardam uma recordação muito diferente dessas conquistas: do Quirguistão à Geórgia, o nome do conquistador lembra cidades devastadas e pirâmides de cabeças [1]. Um outro problema é que Timur não era uzbeque. Aliás, as tribos uzbeques que conquistaram a Ásia Central chegaram até a perseguir um neto de Timur, Babur, que encontrou refúgio na Índia e aí fundou o Império Mogol.

«Temos necessidade de construir aqui uma identidade nacional comum a todos os tadjiques, para nos vermos livres da frustração e da vergonha da guerra», explica o sociólogo Saodat Olimova. «Na época soviética, o Tadjiquistão era a mais pobre das quinze repúblicas, mas apesar disso pertencia a uma superpotência. Agora figuramos entre os países mais pobres do planeta». O que mina o renascimento da ideia nacional é menos a falta de imaginação histórica do que a extrema pobreza do país. Apesar de um relativo crescimento do comércio e da agricultura, o Tadjiquistão conta com poucos empregos – e metade da sua população tem menos de 18 anos. Em consequência, perto de um milhão de tadjiques foram procurar trabalho na Rússia ou no Cazaquistão, muitas vezes clandestinamente. No entanto, a crescente xenofobia na Rússia vota estes imigrantes, como os de outros países da Ásia Central, a uma existência infernal, sendo explorados pelos patrões e atormentados pela polícia. E, todos os anos, várias centenas destes imigrantes regressam num caixão ao seu país de origem.

O Tadjiquistão vai emergindo lentamente da devastadora guerra civil que rebentou, subitamente, em 1992, fazendo dezenas de milhares de mortos [2]. Cinco anos mais tarde, em 1997, um tratado de paz pôs-lhe fim, concedendo à oposição islâmica, conduzida pelo Partido do Renascimento Islâmico (PRI), um terço dos cargos governamentais. Numa região onde os antigos dirigentes comunistas não toleram o islão político de modo algum, a entrada do PRI para o governo assinalou um grande passo em frente, não apenas em direcção à resolução do conflito, mas também em direcção à criação de uma democracia que preencha os requisitos mínimos: o PRI tem agora presença no parlamento, ao lado do Partido Democrático do Povo (presidencial) e dos comunistas, e representa sobretudo os interesses dos comerciantes dos bazares, e não os da burocracia de Estado.

COMBATES DE RUA EM BUKHARA E TASCHKENT

O 11 de Setembro modificou a relação de forças e marginalizou o PRI que, segundo Parviz Mullojanov, analista político em Duchambe, «não quer perturbar as suas boas relações com o presidente: neste momento não fala, portanto, muito alto». Mesmo quando o poder reprime os antigos combatentes da oposição, os demite das suas funções públicas e os empurra para a prisão, o partido islâmico cala-se para não comprometer a sua cooperação com o governo. É por isso que estão a desenvolver-se no Tadjiquistão novas formas de movimentos clandestinos de islamitas radicais, o mesmo acontecendo noutros lugares da Ásia Central. O mais conhecido é o Hizb ut-Tahrir (Partido da Libertação), movimento sunita radical nascido entre os refugiados palestinianos na Jordânia e que apela ao regresso do califado [3]. Marginal nos países árabes, este movimento tem grande popularidade na Ásia Central. Para Mullojanov, por ora o movimento só exerce influência entre a minoria uzbeque do Tadjiquistão: «A sua popularidade funda­‑se no panturquismo, que reveste várias formas na Ásia Central: antigamente o jadidismo [4], depois o nacionalismo, e agora o islão».

Durante vários dias do mês de Março de 2004, alguns combates de rua tiveram lugar em Bukhara e em Taschkent, onde dezenas de pessoas atacaram várias esquadras da polícia. Mais tarde, no mês de Julho, algumas mulheres camicases lançaram-se contra as embaixadas dos Estados Unidos e de Israel. Estes atentados provocaram mais de cinquenta mortos e dezenas de feridos, confirmando assim a fragilidade da situação no Uzbequistão. O país já conhecera atentados do género, mas desta vez contava-se com dois novos factores: primeiro, os acontecimentos partiram de Bukhara, cidade até então tranquila, em vez de terem origem no vale de Fergana, habitualmente mais implicado; de seguida, tais actos terroristas beneficiaram de uma corrente de simpatia na população. Muitos habitantes de Taschkent diziam não sentir que a situação lhes dissesse respeito, na medida em que os atentados visavam a polícia, símbolo de repressão e de corrupção. Estando o Uzbequistão a atravessar graves dificuldades económicas, a ausência de qualquer possibilidade de expressão pública poderá levar a explosões de violência ainda mais graves.

O presidente uzbeque, Islam Karimov, acusou o Hizb ut-Tahrir de estar por detrás dos atentados. Este partido – que rejeita o recurso à violência – está a tornar­‑se, tanto aos olhos dos dirigentes da Ásia Central como dos comentadores russos e americanos, uma espécie de Al-Qaeda [5]. Mas o verdadeiro perigo é que uma repressão pesada e duradoura do Hizb ut-Tahrir conduza ao desenvolvimento de grupos clandestinos mais radicais, com maior tendência do que o Hizb para ver na violência uma forma legítima de acção política.

O embrião de um tal grupo já existe com o Movimento Islâmico do Uzbequistão (MIU), fundado em 1998 por antigos combatentes uzbeques que haviam participado na guerra civil tadjique ao lado da oposição. A sua direcção política foi assumida por Tahir Yuldash, enquanto que Juma Namangani se encarrega de questões militares – os dois vêm do vale de Fergana, região desfavorecida e em ruptura com o presidente Karimov. Tendo as suas bases instaladas nas regiões montanhosas tadjiques e quirguizes (Tavildara e Batken), o MIU fez várias incursões armadas no Quirguistão, em 1999, e lançou audaciosos ataques de surpresa no Uzbequistão, em 2000. Posicionando-se do lado dos talibãs no Afeganistão, sofreu perdas aquando da invasão americana – Namangani terá, aliás, encontrado a morte durante os bombardeamentos de Kunduz. Desde então, combatentes uzbeques participaram nos confrontos entre forças governamentais paquistanesas e rebeldes islâmicos nas regiões tribais do Waziristão [6].

Apesar de tudo, nem o Hizb nem o MIU poderiam ameaçar a estabilidade do Uzbequistão se este país não atravessasse uma profunda crise de sistema. No início dos anos 90, o Uzbequistão escolheu uma via que não a da privatização generalizada seguida pelas outras nações pós­‑soviéticas nas quais o Estado, mantendo um regime autoritário, continua a supervisionar a maior parte das actividades económicas. Este sistema, que noutras paragens conduzirá a uma estabilidade real mas também a um forte declínio económico, foi aplicado com menor brutalidade no Uzbequistão. É essa a razão do interesse manifestado por investidores estrangeiros, como é o caso de construtores de automóveis alemães e sul­‑coreanos, de empresas agro­‑alimentares suíças e de bancos holandeses. Mas o alto nível de corrupção, os minuciosos controlos administrativos e o reinado da arbitrariedade acabaram por provocar a fuga de tais investidores e, actualmente, o regime sobrevive graças às exportações de minério e de algodão, este último comprado aos camponeses a um preço imposto que é bastante inferior à sua cotação mundial.

Treze anos depois da queda da União Soviética, as condições de vida dos cidadãos uzbeques continuam a degradar­‑se. O estatuto dos trabalhadores agrícolas roça a escravatura: os camponeses não têm direito a deixar o seu kolkhoze, onde não podem escolher o que cultivam, nem a quem vendem as suas colheitas. Um pouco por toda a Ásia Central, assiste-se à migração em massa dos camponeses e dos desempregados das zonas rurais em direcção à capital, o que cria toda a espécie de novos problemas sociais, entre os quais a propagação da epidemia da SIDA [7]. A reacção das autoridades consistiu em isolar o país impondo um sistema de vistos aos cidadãos dos países vizinhos, fechando as fronteiras e chegando até a miná-las. Algumas medidas recentes visando restringir o comércio dos bazares tradicionais provocaram motins nas cidades do vale de Fergana. E, contrariamente ao que aconteceu no início dos anos 90, em Taschkent já ninguém acredita que o autoritarismo possa algum dia levar ao desenvolvimento dos investimentos estrangeiros, às reformas e à modernização.

O TURQUEMENISTÃO NAS MÃOS DE UM SÓ HOMEM

Turquemenistão, por seu lado, tornou-se uma espécie de parque de inspiração estalinista: multiplicam­‑se os hotéis de luxo e os palácios presidenciais, enquanto que alguns cidadãos nem têm acesso a água potável. Saparmurat Niyazov, que se auto­‑intitula turkmenbashi (“chefe de todos os turquemenos”), é omnipresente: oficialmente, fundou todos os jornais do país; o seu retrato figura em todos os programas de televisão; e os estudantes e funcionários públicos são obrigados a ler os seus escritos, intitulados Ruhnama (“Livro da Alma”).

Niyazov lançou uma engenharia social destinada a forjar uma nova geração de turquemenos à sua imagem: suprimiu o ensino das línguas estrangeiras, dissolveu a orquestra filarmónica, decretada como não turquemena, reduziu a duração da escolarização obrigatória de doze para dez anos e invalidou todos os diplomas superiores obtidos fora do país depois de 1993. O número de estudantes no ensino superior decaiu de 30.000 na última década soviética para 3000 [8]. Os media são submetidos à censura, a Internet é controlada, e sair do país ou entrar tornou-se difícil.

A repressão brutal da dissidência atingiu um nível inigualável depois da tentativa de assassinato de Niyazov, em 2002 [9]. A direcção turquemena não admite qualquer crítica das organizações internacionais, entendida como intrusão nos assuntos internos do país. Ao mesmo tempo, ao longo dos últimos anos mais de uma dúzia de diplomatas turquemenos pediram asilo, com as suas famílias. Cerca de 80 por cento do Turquemenistão é desértico e as tribos nómadas possuem apenas um vago sentimento de pertença nacional. O país é rico em gás natural, o que facilita a concentração do poder nas mãos de um só homem, e permite financiar uma estrutura policial repressiva. Mas a liderança caprichosa do turkmenbashi levou à paralisia total do país, ao declínio da agricultura e a um tão grande desemprego de massa entre os jovens que é legítimo recear pelo futuro do país.

Ainda hoje, o Quirguistão passa por ser a sociedade mais aberta da Ásia Central, apesar das políticas autoritárias que aí prevalecem desde há alguns anos. Isto porque o pluralismo quirguize se deve mais à incapacidade do presidente Askar Akaev em consolidar o seu domínio autoritário do que ao desenvolvimento de verdadeiras instituições políticas que permitam aos cidadãos exercerem os seus direitos. Com os anos das privatizações nasceu um sistema que gira em tomo da “família” do presidente. Passa-se o mesmo nos países vizinhos, no Cazaquistão e no Uzbequistão, onde os familiares próximos dos chefes de Estado possuem parte ou a totalidade dos sectores económicas mais lucrativos – isto é, as empresas cujo volume de negócios ultrapassa o milhão de dólares e que são, segundo as nossas fontes, as empresas de transportes aéreos, importação de bens de consumo corrente, construções e obras públicas, etc.

Estão previstas eleições legislativas e presidenciais no Quirguistão em 2005. O presidente cessante não aspira a ser reeleito, o que deverá possibilitar, pela primeira vez desde o acesso do país à independência, a renovação das elites, mas isso só acontecerá à custa de uma feroz luta pelo poder. «O presidente e a família lutarão com todos os meios à sua disposição», estima Alexander Kulinsky, um politólogo estabelecido em Bichkek. «Aqui não há – ou há poucos partidos democráticos. A maioria só simula sê-lo para atrair os favores do Ocidente».

No princípio dos anos 90, o Quirguistão era visto como um modelo das reformas a aplicar em toda a ex­‑União Soviética. O presidente Akaev era um cientista, e não um antigo apparatchik: impusera a liberalização política, desenvolvera uma imprensa livre e privatizara a economia graças às generosas doações de organizações internacionais. Infelizmente, estes investimentos representavam apenas uma fracção das subvenções que ainda recentemente eram concedidas pelo Estado soviético, o que explica o encerramento de minas e fábricas e o êxodo maciço de operários russos qualificados. Se é um facto que a queda da economia foi desde então travada, já o número de nascimentos baixa anualmente 55.000, por comparação com o ano anterior, declínio demográfico “natural” este que vem somar-se à emigração de meio milhão de trabalhadores quirguizes para a Rússia ou o Cazaquistão.

Nestas condições, «os esforços empreendidos pelo Estado para suscitar uma nova identidade nacional foram um enorme fracasso», analisa Emil Juraev, professor de ciências políticas. «Pelo contrário, o sentimento de identidade étnica está a reforçar-se, tal como os sentimentos tribais e regionais. O poder do Estado repousa essencialmente numa burocracia centrada em Bichkek, a capital, e no sistema clãnico». Como é um país montanhoso, o Quirguistão carece de vias de comunicação susceptíveis de o unificarem. A luta pelo poder poderá assim, segundo vários observadores, chegar a uma cisão entre o vale de Chui, a norte, onde se encontra a capital, e o vale de Fergana, a sul, que inclui Och, a segunda maior cidade do país.

O Cazaquistão é o único de todos estes países cuja produtividade económica regista um aumento, graças às lucrativas exportações de petróleo. O seu produto nacional bruto cresceu 9 por cento em 2003 e os investimentos estrangeiros ultrapassaram neste mesmo ano os 2 mil milhões de euros [10]. Nas eleições legislativas de Outubro de 2004 foram dois os partidos mais votados, a grande distância dos demais: o partido Oton (“Mãe Pátria”), dirigido pelo presidente Nursultan Nazarbaev, e o partido Asar (“Conjunto”), dirigido pela filha do presidente, Dariga. A principal coligação de opositores, formada pelo Partido Comunista e pela Escolha Democrática para o Cazaquistão, não dispõe de nenhum lugar no Parlamento. A “operação Asar” é menos relevante pelos seus resultados – o partido só obteve 4 lugares em 77 –, do que pelo seu alcance político: alguns vêem nela a vontade do presidente Nazarbaev, depois de ter controlado os media e imposto a sua presença activa na economia, de assegurar, através da sua filha Dariga, uma sucessão dinástica, à semelhança do que fez Gueïdar Aliev com o filho Ilham no Azerbaijão [11].

Em 1991, os cinco Estados que compõem a Ásia Central soviética tomaram-se independentes, mas isso não aconteceu graças à mobilização das massas – aconteceu contra elas. Por oposição aos países bálticos ou do Cáucaso, a imensa maioria dos povos desta região, tal como os seus dirigentes, apoiaram a preservação da União Soviética, e isto até ao último momento. Todos os cinco presidentes que ainda dominam a Ásia Central, e moldam o futuro da região, chegaram ao poder ao longo dos anos 80, no instável período da Perestroika. É certo que cada um destes países procurou, à sua maneira, reafirmar a sua legitimidade: o Cazaquistão e o Quirguistão lançando-se nas privatizações e nas reformas, o Uzbequistão e o Turquemenistão conservando o Estado autoritário e a economia dirigida, e o Tadjiquistão chegando a uma surpreendente reconciliação nacional depois de se ter desintegrado em consequência de uma violenta guerra civil. No entanto, todos estes países registam cada vez mais uma mesma tendência para a concentração do poder absoluto entre as mãos do chefe de Estado.

A ideia de independência nacional não convenceu a maioria da população, tendo a deterioração das condições de vida tornado politicamente ilegítimos os projectos de um novo Estado­‑nação. E, de facto, actualmente são as redes fundadas na solidariedade regional que se impõem e se opõem aos grupos de idealistas que há dez anos pregavam a unificação regional sob a bandeira turca – e continuam a fazê-lo, mas agora sob a bandeira do islão. As elites políticas provenientes das escolas soviéticas apenas viam no islão “extremismo” e “terrorismo”. Nunca lhe concederam outro estatuto senão o de folclórico, até quando a ruína da ideologia e da repressão comunistas tornava indispensável uma reavaliação do passado e do presente do islão nas sociedades da Ásia Central. Doravante, a repressão dos grupos políticos islâmicos e de diversas seitas é acompanhada por uma crescente islamização destas sociedades, incluindo no Cazaquistão e no Quirguistão, onde o islão político não pára de se radicalizar.


[1] Christian de Brie, “Au temps de Gengis Khan et de Tamerlan”, Manière de voir, n.º 76, Les génocides dans l’histoire, Agosto-Setembro de 2004.
[2] Alain Gresh, “Les Républiques d’Asie centrale s’engagent sur des chemins différents”, Le Monde diplomatique, Dezembro de 1992.
[3] Foi Mustafá Kemal, conhecido como Ataturk, que proclamou o fim do Califado, isto é, de toda a autoridade político­‑religiosa centralizada no Islão, imediatamente a seguir à Primeira Guerra Mundial.
[4] Este movimento de modernização do Islão na Ásia Central, suportado nomeadamente pelos intelectuais urbanos, interessou-se pelo sistema de ensino, o pensamento social e as normas éticas. Não sobreviveu às purgas soviéticas da década de 1930.
[5] Jean-François Mayer, Hizb ut-Tahrir - The next Al-Qaeda, really? (pdf), PSIO Occasional Paper, Genebra, 2004.
[6] Artie McConnell, “Taschkent bombings signal rise in islamic activities”, Jane’s Intelligence Review, Londres, Maio 2004.
[7] Gulnoza Saidazimova, HIV infections mount in Uzbekistan as prostitution rises, Radio Free Europe/Radio Liberty, Praga, 30 de Novembro de 2004.
[8] International Crisis Group, Cracks in the marble: Turkmenistan’s failing dictatorship, Asia Report n.º 44, Osh/Bruxelas, 17 de Janeiro de 2003, p. 26.
[9] As prisões relacionadas com esta tentativa de assassinato incluem o antigo chefe da diplomacia turquemena, Boris Chikhmuradov, e o antigo mufti da República, Nasrullah ibn Ibadullah.
[10] Andrew Jack, “Kazakhastan turns into magnet of Central Asia”, Financial Times, Londres, 26 de Maio de 2004.
[11] Cf. Vicken Cheterian, Relève de génération dans le sud du Caucase, Le Monde diplomatique, Janeiro de 2004 (ed. brasileira: Os filhos da privatização chegam ao poder).
Vicken Cheterian
http://www.infoalternativa.org/asia/asia020.htm

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