sábado, novembro 04, 2006

O clero e o perigo da confissão

O Papa diz que as feridas de escândalos de abusos são «profundas».
Deus anda arredio da moral dos padres e só com muita devoção se pode acreditar que a Igreja católica é a sua Igreja. Deus fica indiferente às crianças abusadas e aos discursos compungidos do Papa.Se alguém acredita no valor dos sacramentos aí estão as patifarias, que os recalcamentos sexuais exacerbam, a desmenti-los. De nada valem a água benta, o incenso e as orações. Os padres, vítimas do celibato que o Vaticano lhes impõe e do cio que os acicata para as maiores torpezas, não chamam a atenção para a bondade do seu Deus, atraem a atenção para as infâmias de si próprios.Na Irlanda, um cristianíssimo país onde Santíssima Trindade infecta o preâmbulo da Constituição, os padres católicos colocam mal a ICAR. Podiam tomar como amantes os colegas, ter um bispo por conta ou um cónego privativo mas são as crianças as vítimas dos seus incontroláveis desvarios.O pior de tudo são as confissões, um mundo de silêncios e cumplicidades, onde o clero se esquece do breviário e acende o fogo que o devora e conduz para as relaxações que envergonham a Igreja e aguardam o julgamento dos tribunais.Era melhor que se casassem.
Carlos Esperança
http://www.ateismo.net/diario/

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