sábado, dezembro 02, 2006

O TERRITÓRIO ILEGAL DE ISRAEL

A questão dos assentamentos ilegais construídos por Israel sobre propriedades privadas de cidadãos palestinos, que foi iniciado principalmente após a Guerra Árabe-Israelense de 1967, como uma estratégia de anexar os territórios ilicitamente ocupados, é um fator decisivo para o processo de paz na região e para todo o Oriente Médio. Em junho de 1967, o Estado de Israel decidiu expandir suas fronteiras ao leste de Jerusalém, de 6,5 km² para 70,5 km², incluindo assim terras de muitas vilas palestinas da Cisjordânia. Condenados pela comunidade internacional, representada oficialmente pela ONU, Israel até hoje ignora a Resolução 242, que obriga-os a devolver as terras ilegalmente ocupadas a seus legítimos proprietários. O Estado de Israel sempre afirmou que existem "apenas" 141 assentamentos na Cisjordânia e Gaza, mas recentes imagens de satélite comprovaram que há no mínimo 282 assentamentos construídos por judeus na Cisjordânia, incluindo o leste de Jerusalém, cobrindo 150,5 km² de terras. Recentemente, imagens de satélite e mapas vazaram de dentro do governo israelense. Através desses dados, o projeto Settlement Watch, do grupo Peace Now, em conjunto com um grupo de pesquisadores e advogados israelenses, apresentaram um relatório em 21 de novembro comprovando que 39% das terras utilizadas por Israel com seus assentamentos ilegais na Cisjordânia são propriedade privada de cidadãos palestinos. O estudo indica que tais assentamentos são uma clara violação da Lei Internacional. Muitas das terras anunciadas por Israel como sua "futura fronteira definitiva", cercadas pelo controverso e ilegal "Muro de Israel", são propriedades privadas palestinas. Pouco mais de 86% do assentamento Maale Adumin, a maior colônia israelense na Cisjordânia, com 25 mil moradores, também é propriedade privada palestina. De maneira evidente, as afirmações do governo israelense de "não construírem sobre terras privadas palestinas" é mais uma invenção. De acordo com o estudo, apenas 1,3% das áreas colonizadas com assentamentos israelenses é de direito legal de Israel. Oficiais israelenses ainda não comentaram o relatório, mas anunciaram que seus dados serão estudados. Perante a ONU, a maioria das nações do mundo concordam com a visão de que o leste de Jerusalém é uma ocupação, e que a maioria dos assentamentos israelenses construídos sobre os territórios ocupados são ilegais de acordo com a Lei Internacional. Desde 1967, o auto-intitulado "Estado de Israel" têm investido em estabelecer e expandir assentamentos sobre os territórios ilegalmente ocupados, tanto em termos de área territorial como de população. O resultado disso é que, atualmente, 380 mil israelenses vivem em assentamentos ilegais na Cisjodânia e no leste de Jerusalém. A cada dia, uma possibilidade de paz na região se torna mais complexa.
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