Do Público de ontem. Para um certo contraponto, graças a indicação da Amélia Pais, um posto de hoje do Almocreve das Petas.
O comentário é apenas este: o facto de não se investigarem todos os casos de que se fala sobre esqueletos nos armários dos políticos, que é o argumento do AP para menorizar a questão, não valida que não se investigue nenhum. Em especial se atendermos a uma questão mais do que fulcral que é o da adequação entre a mensagem pública de um agente político e o seu comportamento privado. Quem clama por melhores qualificações da população e dá rédea solta ao ataque aos docentes como gente sem mérito, absentista e tudo o mais, no mínimo dos mínimos, deve ter um percurso pessoal - que nem necessita de ser de especiais graus académicos - minimamente exemplar e sem zonas opacas.
Não preciso de saber se A ou B é licenciado, mestre ou doutor. Preciso apenas de saber se é verdadeiro nas declarações que faz sobre si e coerente na sua vida pessoal e política. O que achariamos todos nós se descobríssemos que um político ferozmente anti-aborto, tivesse facilitado a alguém a sua prática? Ou de um emérito defensor de grupos económicos nacionais foretes que vendesse a sua participação a grupos estrangeiros?
Pronto, está bem, já me apercebi que escolhi exemplos errados. Mas acho que dá para perceber a ideia geral.
Como nos tempos finais dos mandatos dos Conservadores em Inglaterra, não adiantava defender-se o regresso a valores morais fundamentais, da família e tal, se depois os políticos que falavam nisso eram apanhados em aventuras extra-conjugais e em acrobáticas fantasias sexuais que acabavam em asfixia.
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