O PAÍS ONDE A LEI SE ATACA DE CERNELHA
(…)
Portugal é o país ideal para dar a volta à lei. Tem um contra, comparado com Chicago: não dá para fazer filmes com acção e emoção. Só dá para comédias, que não fazem rir.
(Ferreira Fernandes, DN, 22 de Fevereiro de 2008)
A doutrina Sócrates-Sousa Tavares passou a dominar. O Estado de Direito só deve funcionar quando não atrapalha. Se incomoda não se respeita ou procura-se mudar as regras. A menos que instalem uma pocilga no terreno ao lado de casa ou na praia de estimação. Aí já as providências cautelares devem funcionar a sério.
Um pouco como em Lisboa, António Costa-Presidente de Câmara refila porque o Tribunal de Contas chumba algo com base numa lei feita por António Costa-Ministro, alegando que a lei de que foi autor deveria contemplar as excepções que ele próprio achou serem desnecessárias quando legislou.
Isto não é para levar minimamente a sério e já nos encontramos em território firme do realismo fantástico sul-americano. E, como colectivo, cada vez nos parecemos mais com o coronel Aureliano Buendía no final da sua vida. Sem memória, sem emoções, longe de um mundo cada vez mais irreal.
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