Desde a primeira hora que pressenti que as "reformas" deste governo relativamente aos professores tinham um duplo propósito interligado: controlar os professores e estrangular a progressão na carreira. Economicismo e controleirismo. O controlo foi e está a ser feito lançando medidas variadas de divisão dos professores: titulares; conteúdo funcional distinto; salários diferentes; etc. Isso era um objectivo instrumental pois permitia o economicismo mas tem também um fim em si, fazer dos professores individuos isolados, hierarquizados, fáceis de manipular. O economicismo sendo um objectivo em si, comporta também elementos instrumentais: pagando pouco a muitos e muito a poucos divide os profissionais de uma profissão que ao contrário de outras tem uma essência eminentemente horizontal nos níveis de ensino em que estamos a tratar.
A questão da "nova" gestão está evidentemente ligada a tudo o referido anteriormente: um chefe todo poderoso na escola, apenas só "fragilizado" por uma dependência de poderes e caciques locais. Uma hierarquia rígida de cima para baixo.
Nos últimos dias depois de semanas e semanas de trapalhadas o governo acena aos professores com flexibilizações, autonomias à força, chantagens, bombons de créditos horários e de remunerações acrescidas para alguns.
Na minha escola há indícios, eu direi há sintomas claros que a democracia que existia e que nem sempre era aproveitada está a morrer.
Estes socialistas no governo são uma fraude. E proliferam pela babugem do que há de pior nos seres humanos e nos professores, como não podia deixar de ser: sede de pequenos poderes e de pequenas vinganças sem limitação; incapacidade de construir colectivamente as acções educativas; incompetências que não querem ser questionadas.
Actualmente penso já não se tratar de problemas políticos mas já de um defeito grave de carácter o que está a acontecer. Estes socialistas estão a levar a Educação para um esgoto moral.
http://edutica.blogspot.com/
Sem comentários:
Enviar um comentário