segunda-feira, abril 21, 2008

Ministra, em Amarante, igual a si própria, mantém propósito de transfigurar a escola pública

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considerou hoje que a abertura ao exterior, a diversificação das ofertas formativas e a liderança interna são os três desafios que se colocam às escolas nos próximos anos. A ministra, que falava em Amarante após a inauguração da EB 2,3 de Telões, salientou que após a reorganização dos agrupamentos escolares é tempo das escolas melhorarem o seu funcionamento e se envolverem com o meio que as rodeia, que geralmente se designa de "comunidade educativa". "A escola tem de conquistar todos os agentes que podem proporcionar algum enquadramento e apoio à escola, os autarcas, mas também os pais, as empresas e todas as instituições de proximidade", afirmou a ministra. O reforço das lideranças internas das escolas - "As escolas têm de ter um rosto", sublinhou - e sobretudo a diversificação da aprendizagem são desafios para os próximos tempos.
"A escola tem de cumprir a sua missão de escolarizar todos", enfatizou Maria de Lurdes Rodrigues. "O país só conseguirá resolver o problema do abandono e do insucesso escolar se for capaz de mobilizar a diversidade de instrumentos que já existem nas mais variadas áreas científicas e tecnológicas", acrescentou. Para a ministra, a diversificação das práticas pedagógicas, o estudo acompanhado e as aulas de recuperação são instrumentos hoje disponíveis "para forçar o destino e cumprir a missão de escolarizar todos".
Lusa, 18/04/08

Comentário meu:

Em primeiro lugar quero esclarecer que os destaques a vermelho são da minha autoria.
Depois de feito este esclarecimento permito-me fazer a seguinte correcção: quando se lê "As escolas têm de ter um rosto" deverá ler-se "As Escolas têm rostos". Ora a minha Escola não foge a esta regra e assim sendo a minha Escola tem rostos: o meu, o da Elsa Cerqueira, da Filó, do Helder Barros, do Pedro Carvalho, do Eugénio Mourão, da Jacinta, do Adriano e de tantos, tantos outros que compõem o corpo docente desta Escola e que todos os anos sofre mais ou menos alterações; tem também o rosto do Sampaio, que é director, sim, a minha escola já tem director há muito e é uma pena, uma pena, que ele não seja já professor, porque só teria a ganhar com isso, e que esteja há tantos e tantos anos afastado duma sala de aula!; tem também outros rostos: o da D. Lurdinhas, da D. Dulce, da D. Adília e tantos outros funcionários e funcionárias que também ajudam a construir esta Escola, todos os dias. E, mais importante do que tudo o que foi enumerado anteriormente, tem os rostos dos alunos, que vão mudando a cada ano que passa numa renovação constante de gerações, e que são os rostos dos Pedros, dos Antónios, das Dianas, das Sílvias, dos Álvaros, dos Ruis e de tantos tantos outros numa diversidade incrível que me continua a deixar fascinada, e renovada, a cada ano que passa. A Escola, Srª Ministra, somos nós todos. A Escola não pode ter um rosto, não pode ser um rosto. A Escola não se pode confundir com um rosto porque quando se confundir com um rosto deixa de ser o que é, para passar a ser nada. A Escola tem muitos rostos e é com o contributo de todos nós, diário, esforçado, empenhado que ela se fortalece e cresce, e se mantém de pé. Diversidade, srª ministra. Diversidade e pluralidade nos contributos é o que enriquece uma Escola, é o que faz uma Escola Ser.
Não se esqueça disto.
E eis que sou chegada à segunda e última correcção a vossa excelência. E chegada aqui nem me vou dar ao trabalho de a corrigir. Já não me apetece. Vou só deixar duas perguntas, dirigidas à sua pessoa, que já nem tenho pachorra para mais:
Vossa excelência vive onde?
No mundo da lua?
Anabela Magalhães
http://www.professoresramiromarques.blogspot.com/

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