domingo, junho 07, 2009

Cominucação ao país de Sua Exª o Sr. Silva


O Presidente da República, Cavaco Silva, apelou ao voto nas eleições europeias. "No tempo de crise económica e financeira internacional em que vivemos, as políticas europeias vão ter uma influência directa na recuperação da nossa economia e no combate ao desemprego e às situações de pobreza". "Apelo a todos para que não deixem de votar. São eleições importantes para o futuro da Europa e para Portugal". "Não esqueçamos que muitas das leis que vigoram entre nós, que regem as nossas vidas e as nossas actividades, são fruto do trabalho da União Europeia, em que o Parlamento Europeu exerce um papel central”.
Cavaco Silva insistiu que a "abstenção não é solução": "Não deixemos que sejam outros a decidir o nosso futuro. O Parlamento Europeu irá tomar decisões que vão ter uma implicação directa na vida de todos nós, seja no orçamento, seja nos fundos comunitários". "E pergunto: com que direito nos poderemos queixar depois das políticas europeias se, na hora em que fomos chamados a decidir, no momento em que pudemos escolher, optámos por não comparecer?"

Depois de o ouvir fiquei sem nenhuma duvida que o meu voto expresso será na abstenção. O Sr. Silva lembrou-me que as leis que vigoram entre nós, que regem as nossas vidas e as nossas actividades, são fruto do trabalho da União Europeia. Que melhores motivos poderia eu ter para querer sair de lá rápida e expeditamente. Tem toda a razão quando diz "Não deixemos que sejam outros a decidir o nosso futuro”. Não no acto eleitoral, mas nas opções europeias pelo neo-liberalismo e pela globalização capitalista. Só saindo desta falsa democracia poderemos escolher o nosso destino e encontrar as soluções para a crise criada da ganância e da benevolência cúmplice desta Europa. Nesta hora em que somos chamados a decidir temos que dar o sinal que não queremos lá estar e por isso não queremos eleger ninguém para lá estar. Claro que o sistema vai eleger os 22 deputados. Mesmo que só votasse um português, teremos 22 deputados. A questão é saber que legitimidade tem essa gente para nos representar. Que legitimidade terão para falar em meu nome. Eu não lhes a concedo. Como dizia José Régio, “Não sei por onde vou, só sei que não vou por aí”.

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