Um dos argumentos tantas vezes repetidos para dar utilidade à inutilidade da concentração da riqueza pelos, apesar de eleitos maioritariamente por não milionários, representantes dos interesses dos mais afortunados no poder político é o da criação de emprego. Porém, os números vão mostrando que a correlação que apontam não passa de um mito conveniente.
Durante o ano passado, à semelhança do que acontece no resto de um mundo dominado pela mesma ideologia que vê no fenómeno uma virtude, segundo o estudo “World Wealth Report 2009”, o número de portugueses com um património superior a 1 milhão de dólares aumentou 5,5 por cento. Não entram nestas contas o património imobiliário, carros de luxo, iates e demais bens consumíveis.
A especulação imobiliária e bolsista é apontada pelo relatório como a principal alavanca que possibilitou que 600 portugueses se pudessem juntar a outros 10400 num grupo de agora 11000 milionários. Ao mesmo tempo, do outro lado da crise, o desemprego cresceu como nunca e o número de desempregados foi batendo records com mais de 50 anos, ultrapassando a barreira dos 600 mil. As grandes fortunas, as mais-valias bolsistas e as operações com off-shores observaram a cena de longe, livres de impostos, para que eles continuem a enriquecer ou, como preferirem,, como se diz por aí, a criar o emprego que não criam. As empresas produtoras de bens transaccionáveis e quem viva do seu trabalho que lhes paguem as borlas.
Durante o ano passado, à semelhança do que acontece no resto de um mundo dominado pela mesma ideologia que vê no fenómeno uma virtude, segundo o estudo “World Wealth Report 2009”, o número de portugueses com um património superior a 1 milhão de dólares aumentou 5,5 por cento. Não entram nestas contas o património imobiliário, carros de luxo, iates e demais bens consumíveis.
A especulação imobiliária e bolsista é apontada pelo relatório como a principal alavanca que possibilitou que 600 portugueses se pudessem juntar a outros 10400 num grupo de agora 11000 milionários. Ao mesmo tempo, do outro lado da crise, o desemprego cresceu como nunca e o número de desempregados foi batendo records com mais de 50 anos, ultrapassando a barreira dos 600 mil. As grandes fortunas, as mais-valias bolsistas e as operações com off-shores observaram a cena de longe, livres de impostos, para que eles continuem a enriquecer ou, como preferirem,, como se diz por aí, a criar o emprego que não criam. As empresas produtoras de bens transaccionáveis e quem viva do seu trabalho que lhes paguem as borlas.
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