domingo, agosto 01, 2010

O último conflito de era Uribe

A 7 de Agosto, os Estados Unidos perderão o seu mais fiel aliado na América do Sul. Durante oito anos, Álvaro Uribe aplicou com todo o rigor as políticas imperiais, com um estilo mais radical ainda que o de George W. Bush. Não apenas transformou o seu país numa espécie de porta-aviões estado-unidense, como se empenhou em escalar os conflitos na linha de militarização defendida pelo Pentágono e pelo Comando Sul como modo de assegurar o controlo de um pátio traseiro que lhes escapa das mãos.

Mas os tempos mudam. Quando Uribe chegou ao Palácio de Nariño, em 2002, a guerra contra o terrorismo estava no seu apogeu e as fendas do mundo unipolar mal começavam a tornar-se visíveis. Em 2010, o Pentágono está atolado no Iraque e pode sofrer um descalabro no Afeganistão. A ex-superpotência não recuperou da crise de 2008 e deve encarar como se articulam potências emergentes com países desenvolvidos com capacidade para a impedir de realizar as suas iniciativas mais importantes.

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