Muitos académicos pelo mundo fora ficaram chocados com a recente lei aprovada no Knesset israelense que proporciona um ano de ensino gratuito a qualquer soldado dispensado (reservista) que estudar numa instituição de ensino superior na Galileia, no Naqab (Negev), e nas colónias israelenses ilegais na Margem Ocidental ocupada. Em Junho de 2010, e antecedendo a votação no Knesset, o gabinete israelense aprovou o projecto de lei; o primeiro-ministro Netanyahu foi citado como tendo dito, "A necessidade de ajudar os soldados dispensados e de promover a periferia faz parte do consenso nacional". [1] Mas esta utilização aberta das instituições de ensino superior para apoio à colonização de colonos de Israel em território palestino não representa nada de novo. Desde a criação do estado de Israel sobre as ruínas da sociedade palestina, que uma profunda parceria entre a academia e a instituição militar-segurança tem sido emblemática da sociedade israelense amplamente militarizada.
Uma das características mais notáveis de Israel é a normalização das forças militares em quase todas as facetas da vida. A presença ubíqua dos militares não é notada nem provoca comentários ou controvérsia entre o público, incluindo intelectuais, artistas e figuras públicas. Num país fortemente mobilizado e militarizado, as preocupações crescentes sobre a militarização do sistema educacional enfrentam o consenso nacional que considera natural, ou mesmo necessária, uma presença militar dominadora, como fazendo parte do tecido da vida "civil". Entre os académicos, as discussões sobre a autonomia da universidade normalmente não tomam em consideração nem o alto nível de integração entre a academia nem a indústria militar e de armamento por outro, visto que esta última foi sempre encarada como uma característica importante de vida nas principais universidades de Israel. A cumplicidade instalada na academia israelense no planeamento, promoção e justificação das políticas colonialistas e de apartheid de Israel praticamente nunca é discutida.
Uma das características mais notáveis de Israel é a normalização das forças militares em quase todas as facetas da vida. A presença ubíqua dos militares não é notada nem provoca comentários ou controvérsia entre o público, incluindo intelectuais, artistas e figuras públicas. Num país fortemente mobilizado e militarizado, as preocupações crescentes sobre a militarização do sistema educacional enfrentam o consenso nacional que considera natural, ou mesmo necessária, uma presença militar dominadora, como fazendo parte do tecido da vida "civil". Entre os académicos, as discussões sobre a autonomia da universidade normalmente não tomam em consideração nem o alto nível de integração entre a academia nem a indústria militar e de armamento por outro, visto que esta última foi sempre encarada como uma característica importante de vida nas principais universidades de Israel. A cumplicidade instalada na academia israelense no planeamento, promoção e justificação das políticas colonialistas e de apartheid de Israel praticamente nunca é discutida.
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