Há trinta ou quarenta anos publicava-se um livro por semana como este do casal Pinçon-Charlot. Em França, na Grã-Bretanha, na Alemanha, na Itália, etc. Ou seja, uma obra rigorosa, uma análise radical, numa perspectiva materialista, dos mecanismos políticos e sociais da sociedade capitalista. A raridade de um trabalho como este testemunha o recuo muito alarmante de uma reflexão realmente de esquerda no mundo de hoje, dominado e esmagado pela oligarquia financeira.
Para os autores, a noção de classes desapareceu da linguagem politicamente correcta. Os movimentos sociais são denunciados como arcaicos. Os direitos "arrancados com muita luta pelos trabalhadores tornam-se privilégios inadmissíveis" para os financeiros e seus intermediários políticos. A supremacia da alta finança, bem acima da economia real, da produção, impede de identificar o adversário de classe, "poderoso mas evasivo". Onde está o campo de batalha, perguntam os Pinçon-Charlot?
Para os autores, a noção de classes desapareceu da linguagem politicamente correcta. Os movimentos sociais são denunciados como arcaicos. Os direitos "arrancados com muita luta pelos trabalhadores tornam-se privilégios inadmissíveis" para os financeiros e seus intermediários políticos. A supremacia da alta finança, bem acima da economia real, da produção, impede de identificar o adversário de classe, "poderoso mas evasivo". Onde está o campo de batalha, perguntam os Pinçon-Charlot?
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