Este artigo está dividido em três partes. Na primeira indica-se o que deveria fazer-se para sair da crise na UE. A segunda parte inclui uma descrição do que está a acontecer na EU, e a terceira parte, uma análise de porque não se está a fazer o que deveria fazer-se.
O QUE DEVERIA FAZER-SE
Existe hoje no mundo um grave problema. A taxa de crescimento económico dos EUA e da União Europeia (UE) – que representam metade da economia mundial – desceu de uma forma muito notável. Na verdade, ambos os continentes tiveram, inclusive, um crescimento negativo do qual estão a recuperar muito lentamente, primeiro os EUA e agora os países da UE-15. O crescimento neste último grupo de países é muito baixo, bastante menor que o dos EUA, ainda que este também não possa ainda lançar foguetes. Em Maio, foram criados apenas 20.000 novos postos de trabalho nos EUA, comparados com os 217.000 do mês anterior. Em contrapartida, vários países em vias de desenvolvimento estão a crescer de uma forma muito acentuada, e o que mais cresce é a China, nada menos que 8,7% ao ano (em 2009). A China é, pois, o que cresce mais e muito atrás estão os EUA, e bastante mais atrás está a UE. Porquê esta taxa de crescimento? A resposta é fácil de constatar e tem duas componentes. Uma é o estímulo económico e a forma como se está a realizar tal estímulo. A China gastou 8% do PIB em investimentos públicos encaminhados a criar emprego. Os EUA 5%, com um tipo de estímulo que favoreceu a criação de emprego público e privado. Em contrapartida, na EU, o estímulo foi muito menor (2,3% do PIB) e consistiu predominantemente em baixas de impostos que têm escasso impacto na criação de emprego. Nos EUA, vozes influentes como a do conselheiro económico do presidente Obama, Larry Summers, estão a pedir agora um segundo estímulo de 200.000 milhões de dólares (os sindicatos – AFL.CIO – estão a pedir 400.000 milhões de dólares). Na UE, em contrapartida (ainda que seja difícil de acreditar), está a reduzir-se a despesa pública, o que é uma longa nota de suicídio económico. Mas como as economias não morrem (isto é, não se desmoronam), a não ser que alguma força as empurre para que caiam e sejam substituídas por outro sistema (o que não é provável que suceda), então o que provavelmente acontecerá é que crescerão muito pouco, com um sacrifício generalizado entre as classes populares. Por certo, é possível que isto ocorra também em muitos países pressionados pelo FMI, o maior porta-voz neoliberal, que está a impor cortes muito substanciais dos gastos públicos, condenando – como o denuncia um relatório recente da UNICEF – à miséria aqueles países (ver a segunda parte deste artigo).
O QUE DEVERIA FAZER-SE
Existe hoje no mundo um grave problema. A taxa de crescimento económico dos EUA e da União Europeia (UE) – que representam metade da economia mundial – desceu de uma forma muito notável. Na verdade, ambos os continentes tiveram, inclusive, um crescimento negativo do qual estão a recuperar muito lentamente, primeiro os EUA e agora os países da UE-15. O crescimento neste último grupo de países é muito baixo, bastante menor que o dos EUA, ainda que este também não possa ainda lançar foguetes. Em Maio, foram criados apenas 20.000 novos postos de trabalho nos EUA, comparados com os 217.000 do mês anterior. Em contrapartida, vários países em vias de desenvolvimento estão a crescer de uma forma muito acentuada, e o que mais cresce é a China, nada menos que 8,7% ao ano (em 2009). A China é, pois, o que cresce mais e muito atrás estão os EUA, e bastante mais atrás está a UE. Porquê esta taxa de crescimento? A resposta é fácil de constatar e tem duas componentes. Uma é o estímulo económico e a forma como se está a realizar tal estímulo. A China gastou 8% do PIB em investimentos públicos encaminhados a criar emprego. Os EUA 5%, com um tipo de estímulo que favoreceu a criação de emprego público e privado. Em contrapartida, na EU, o estímulo foi muito menor (2,3% do PIB) e consistiu predominantemente em baixas de impostos que têm escasso impacto na criação de emprego. Nos EUA, vozes influentes como a do conselheiro económico do presidente Obama, Larry Summers, estão a pedir agora um segundo estímulo de 200.000 milhões de dólares (os sindicatos – AFL.CIO – estão a pedir 400.000 milhões de dólares). Na UE, em contrapartida (ainda que seja difícil de acreditar), está a reduzir-se a despesa pública, o que é uma longa nota de suicídio económico. Mas como as economias não morrem (isto é, não se desmoronam), a não ser que alguma força as empurre para que caiam e sejam substituídas por outro sistema (o que não é provável que suceda), então o que provavelmente acontecerá é que crescerão muito pouco, com um sacrifício generalizado entre as classes populares. Por certo, é possível que isto ocorra também em muitos países pressionados pelo FMI, o maior porta-voz neoliberal, que está a impor cortes muito substanciais dos gastos públicos, condenando – como o denuncia um relatório recente da UNICEF – à miséria aqueles países (ver a segunda parte deste artigo).
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