Durante uma semana no início deste ano, Mariam Rawi, militante afegã dos direitos das mulheres, visitou a Bélgica. Entrevista com uma mulher infatigável e de língua afiada.
Encontrámos Mariam Rawi, da Associação Revolucionária de Mulheres do Afeganistão (RAWA), após uma conferência em Gand. É uma mulher tenaz e empenhada que desenvolve diversos papéis: militante, professora nos campos de refugiados no Paquistão e uma célebre articulista internacional: The Guardian, The Japan Times, El País, Z-Magazine, publicaram artigos seus. Um deles foi publicado numa centena de jornais no mundo. Mas nós não nos debruçaremos sobre a sua carreira jornalística mas sim sobre o seu país natal e a associação feminina em que actua.
«A RAWA já existe há mais de 30 anos», conta ela, «mas nunca tivemos uma situação tão difícil como hoje. Já não podemos organizar as nossas actividades – cursos de alfabetização para mulheres e raparigas, cursos de formação para mulheres e desenvolvimento de projectos sanitários – em nome da RAWA. No Afeganistão, tenho de me disfarçar. A nossa porta-voz, Malalai Joya, está sob ameaça de morte… Estamos literalmente entre três fogos: os talibãs, o governo e a NATO».
«A RAWA já existe há mais de 30 anos», conta ela, «mas nunca tivemos uma situação tão difícil como hoje. Já não podemos organizar as nossas actividades – cursos de alfabetização para mulheres e raparigas, cursos de formação para mulheres e desenvolvimento de projectos sanitários – em nome da RAWA. No Afeganistão, tenho de me disfarçar. A nossa porta-voz, Malalai Joya, está sob ameaça de morte… Estamos literalmente entre três fogos: os talibãs, o governo e a NATO».
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