Seis refugiados iranianos costuraram a própria boca para protestar contra a negativa do governo grego em lhes conceder asilo político. Eles realizam uma greve de fome juntamente com outros 44 iranianos (35 adultos e 9 crianças) que também querem ficar no país.
Entre os manifestantes está uma ex-jornalista do Irã, Mandana Daneshnia, a primeira refugiada que apareceu na quinta-feira (14 de outubro) diante da Universidade de Atenas com a boca costurada para protestar contra a decisão do governo grego.
Na sexta-feira ela teve alguns problemas estomacais e ânsia de vômito e precisava ser transferida para um hospital, mas o serviço médico estatal se recusou a ajudá-la, afirmando que "ela tinha a boca costurada por si mesma". Graças ao apoio de refugiados e companheiros solidários foi possível levantar uma quantia em dinheiro para alugar uma ambulância e interná-la num hospital privado.
Um dos grevistas disse que "não queremos o apoio de partidos políticos, pedimos a compreensão e a simpatia das pessoas comuns. Nós não viemos ontem para a Grécia ou no ano passado, estamos aqui há muitos anos. Nossas crianças freqüentam as escolas gregas, pagamos impostos, temos ligações com todos. Nós, como refugiados políticos, se retornarmos para o Irã estaremos sob risco de prisão. Perdemos nossos parentes lá, muitos não sabem onde eles vivem mais, não podemos mesmo nem ir aos funerais de nossos pais, o regime de Ahmadinejad [presidente iraniano], chamou-nos todos de traidores nacionais".
Mais de 45.000 refugiados esperam anos para que seus casos sejam analisados em segunda instância pelo governo grego.
Para acompanhar o caso e atualizações constantes visite o blog da campanha Iranian Political Asylum Seeker’s Campaign in Athens:
Entre os manifestantes está uma ex-jornalista do Irã, Mandana Daneshnia, a primeira refugiada que apareceu na quinta-feira (14 de outubro) diante da Universidade de Atenas com a boca costurada para protestar contra a decisão do governo grego.
Na sexta-feira ela teve alguns problemas estomacais e ânsia de vômito e precisava ser transferida para um hospital, mas o serviço médico estatal se recusou a ajudá-la, afirmando que "ela tinha a boca costurada por si mesma". Graças ao apoio de refugiados e companheiros solidários foi possível levantar uma quantia em dinheiro para alugar uma ambulância e interná-la num hospital privado.
Um dos grevistas disse que "não queremos o apoio de partidos políticos, pedimos a compreensão e a simpatia das pessoas comuns. Nós não viemos ontem para a Grécia ou no ano passado, estamos aqui há muitos anos. Nossas crianças freqüentam as escolas gregas, pagamos impostos, temos ligações com todos. Nós, como refugiados políticos, se retornarmos para o Irã estaremos sob risco de prisão. Perdemos nossos parentes lá, muitos não sabem onde eles vivem mais, não podemos mesmo nem ir aos funerais de nossos pais, o regime de Ahmadinejad [presidente iraniano], chamou-nos todos de traidores nacionais".
Mais de 45.000 refugiados esperam anos para que seus casos sejam analisados em segunda instância pelo governo grego.
Para acompanhar o caso e atualizações constantes visite o blog da campanha Iranian Political Asylum Seeker’s Campaign in Athens:
http://iranianhungerstrike.blogspot.com/
agência de notícias anarquistas-ana
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