Os empresários e economistas do Fórum para a Competitividade têm um projecto para o país. Acabar (pelo menos temporariamente, dizem) com as taxas de IVA reduzida (6%) e intermédia (13%) e harmonizar o imposto de todos os produtos e serviços em 23%. Para quê? Para permitir um corte na taxa social única de 23,75% para 3,75%, com o objectivo de assim reduzir os seus custos laborais.
O Presidente do Fórum, Ferraz da Costa, declarou ainda que partilha da opinião de um estudo que defende a necessidade de Portugal reduzir os salários reais em 30% «para manter a competitividade da maior parte dos sectores tradicionais». Sobre uma eventual vinda do FMI, assegurou que não o assusta, «até é melhor».
O patronato português encontrou uma saída para a sua crise: o esmagamento dos custos do trabalho. Eis a definição de competitividade de uma burguesia habituada a viver de rendas e negócios estatais, incapaz de produzir e inovar. O princípio é atroz: para assegurar o crescimento das taxas de lucro de alguns, todos devemos pagar mais pela satisfação das nossas necessidades básicas. No caso da maior parte dos produtos alimentares, o IVA aumentaria quatro vezes. Esta medida penalizaria mais as famílias pobres que gastam a maior parte do seu rendimento apenas a garantir a sua sobrevivência. A redução do salário disponível empobreceria ainda mais a população, acrescentando recessão à recessão e tornando-a ainda mais refém da banca.
O Presidente do Fórum, Ferraz da Costa, declarou ainda que partilha da opinião de um estudo que defende a necessidade de Portugal reduzir os salários reais em 30% «para manter a competitividade da maior parte dos sectores tradicionais». Sobre uma eventual vinda do FMI, assegurou que não o assusta, «até é melhor».
O patronato português encontrou uma saída para a sua crise: o esmagamento dos custos do trabalho. Eis a definição de competitividade de uma burguesia habituada a viver de rendas e negócios estatais, incapaz de produzir e inovar. O princípio é atroz: para assegurar o crescimento das taxas de lucro de alguns, todos devemos pagar mais pela satisfação das nossas necessidades básicas. No caso da maior parte dos produtos alimentares, o IVA aumentaria quatro vezes. Esta medida penalizaria mais as famílias pobres que gastam a maior parte do seu rendimento apenas a garantir a sua sobrevivência. A redução do salário disponível empobreceria ainda mais a população, acrescentando recessão à recessão e tornando-a ainda mais refém da banca.
Sem comentários:
Enviar um comentário