Uma revista e quatro jornais - foram agraciados com o exclusivo WikiLeaks. Puseram-se de acordo e publicaram. Explicando - mais ou menos - como e porquê. Tudo em nome do direito à informação.
"Estou fascinado pela vossa atitude autocomplacente, tipo 'somos os melhores' que vos permite justificar a publicação de documentos que o nosso governo considera deverem ser confidenciais, documentos classificados como secretos, e ao mesmo tempo criticar a WikiLeaks por tê-los roubado. De alguma forma, na vossa opinião, está OK usar propriedade roubada, só é mau roubá-la?"
A pergunta é de um leitor do New York Times e está, com muitas outras, numa secção criada pelo jornal na página online para responder a questões - muitas tão indignadas como esta - suscitadas pela publicação, a partir de 28 de Novembro, em sincronia com outros quatro magnífícos do jornalismo mundial (o jornal britânico The Guardian, o francês Le Monde, o espanhol El País e a revista alemã Der Spiegel) de telegramas secretos das embaixadas americanas disponibilizados pela WikiLeaks. Numa das respostas, assinadas pelos principais responsáveis do jornal, Bill Keller, o editor-executivo, faz um resumo da justificação do NYT para publicar o material: "O governo, claro, tem o direito, legal e de senso comum, de manter alguma informação secreta. Quando o governo falha esse objectivo, como sucedeu neste caso devido a uma falha de segurança que terá já sido corrigida, temos de decidir o que fazer com o resultado. As nossas alternativas eram: ignorar os documentos secretos, sabendo que de qualquer maneira iam ser lidos por muita gente, consultados ao calhas e provavelmente publicados sem que lhes fosse removida a informação perigosa, possivelmente para benefício de variadas 'agendas': ou estudá-los, colocá-los em contexto, e publicar artigos neles baseados, em conjunto com uma selecção criteriosa e editada dos próprios documentos. Escolhemos a segunda, evidentemente."
"Estou fascinado pela vossa atitude autocomplacente, tipo 'somos os melhores' que vos permite justificar a publicação de documentos que o nosso governo considera deverem ser confidenciais, documentos classificados como secretos, e ao mesmo tempo criticar a WikiLeaks por tê-los roubado. De alguma forma, na vossa opinião, está OK usar propriedade roubada, só é mau roubá-la?"
A pergunta é de um leitor do New York Times e está, com muitas outras, numa secção criada pelo jornal na página online para responder a questões - muitas tão indignadas como esta - suscitadas pela publicação, a partir de 28 de Novembro, em sincronia com outros quatro magnífícos do jornalismo mundial (o jornal britânico The Guardian, o francês Le Monde, o espanhol El País e a revista alemã Der Spiegel) de telegramas secretos das embaixadas americanas disponibilizados pela WikiLeaks. Numa das respostas, assinadas pelos principais responsáveis do jornal, Bill Keller, o editor-executivo, faz um resumo da justificação do NYT para publicar o material: "O governo, claro, tem o direito, legal e de senso comum, de manter alguma informação secreta. Quando o governo falha esse objectivo, como sucedeu neste caso devido a uma falha de segurança que terá já sido corrigida, temos de decidir o que fazer com o resultado. As nossas alternativas eram: ignorar os documentos secretos, sabendo que de qualquer maneira iam ser lidos por muita gente, consultados ao calhas e provavelmente publicados sem que lhes fosse removida a informação perigosa, possivelmente para benefício de variadas 'agendas': ou estudá-los, colocá-los em contexto, e publicar artigos neles baseados, em conjunto com uma selecção criteriosa e editada dos próprios documentos. Escolhemos a segunda, evidentemente."
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