A GALP acabou de divulgar o seu Relatório do 4º trimestre de 2010. E, como era previsível, os lucros deste grupo económico, que domina mais de 50% do mercado de combustíveis em Portugal (as vendas da GALP em 2010 atingiram 14.064 milhões de euros, sendo 89% de combustíveis), dispararam, tendo atingido, em 2010, 611 milhões de euros antes de impostos, ou seja, mais 35,5% do que em 2009. Este aumento tão grande dos lucros resultou da conjugação de três factos.
Em primeiro lugar, dos elevados lucros do chamado “efeito stock” que resultam desta empresa ter adquirido o petróleo que consumiu na produção de combustíveis a um preço inferior àquele que depois facturou aos consumidores. Desta forma obteve, em 2010, 156 milhões de euros de lucros brutos. No conjunto dos dois anos (2009 e 2010), estes lucros especulativos, pois não resultam de qualquer actividade produtiva da empresa, atingiram 317 milhões de euros. Por outras palavras, a GALP tem obtido também elevados lucros com os preços especulativos do petróleo no mercado internacional à custa dos consumidores, perante a passividade do governo e da AdC.
Em segundo lugar, o aumento significativo dos lucros da GALP em 2010 deve-se ao facto da margem de refinação ter aumentado, entre 2009 e 2010, em 80,6%, pois passou de 1,5 dólares para 2,6 dólares por barril de petróleo, como confessa a própria empresa na pág. 22 do Relatório do 4º trimestre de 2010. Como não existe qualquer controlo por parte quer do governo, quer da Autoridade da Concorrência dos preços até à saída da refinaria, a GALP faz o que quer.
Em primeiro lugar, dos elevados lucros do chamado “efeito stock” que resultam desta empresa ter adquirido o petróleo que consumiu na produção de combustíveis a um preço inferior àquele que depois facturou aos consumidores. Desta forma obteve, em 2010, 156 milhões de euros de lucros brutos. No conjunto dos dois anos (2009 e 2010), estes lucros especulativos, pois não resultam de qualquer actividade produtiva da empresa, atingiram 317 milhões de euros. Por outras palavras, a GALP tem obtido também elevados lucros com os preços especulativos do petróleo no mercado internacional à custa dos consumidores, perante a passividade do governo e da AdC.
Em segundo lugar, o aumento significativo dos lucros da GALP em 2010 deve-se ao facto da margem de refinação ter aumentado, entre 2009 e 2010, em 80,6%, pois passou de 1,5 dólares para 2,6 dólares por barril de petróleo, como confessa a própria empresa na pág. 22 do Relatório do 4º trimestre de 2010. Como não existe qualquer controlo por parte quer do governo, quer da Autoridade da Concorrência dos preços até à saída da refinaria, a GALP faz o que quer.
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