sexta-feira, fevereiro 18, 2011

«O mundo árabe está em fogo»

«O mundo árabe está em fogo», noticiou a Al-Jazeera no dia 27 de Janeiro, enquanto pela região fora, os aliados ocidentais «estão a perder rapidamente a sua influência».

A onda de choque foi iniciada pela dramática revolta na Tunísia que expulsou um ditador apoiado pelo ocidente, com repercussões especialmente no Egipto, onde os manifestantes suplantaram a brutal polícia do ditador.

Os observadores compararam os eventos à queda do domínio russo em 1989, mas existem diferenças importantes.

Crucialmente, não existe nenhum Mikhail Gorbachov entre as grandes potências que apoiam os ditadores árabes. Em vez disso, Washington e os seus aliados mantêm o princípio bem estabelecido de que a democracia é aceitável na medida em que é conforme aos objectivos estratégicos e económicos: em território inimigo tudo bem (até um certo ponto), mas não no nosso quintal, for favor, a não ser que seja domesticado apropriadamente.

Uma comparação de 1989 tem alguma validade: a Roménia, onde Washington manteve o seu apoio a Nicolae Ceausescu, o pior dos ditadores da Europa de Leste, até a lealdade se tornar insustentável. Então, Washington saudou o seu derrube enquanto o passado era apagado.

Sem comentários: