O império multinacional montou um grande negócio para si próprio: utilizar o próprio dinheiro da Líbia para financiar rebeldes líbios a combaterem contra a Líbia. Ali Tarhouni , economista formado nos EUA que acaba de ser nomeado "ministro das finanças" do "Conselho Nacional Interno de Transição" (rebelde), explica o negócio : "Neste momento não há crise imediata de falta de dinheiro. Temos alguma liquidez que nos permite fazer as coisas básicas", disse ele, tais como pagar salários e necessidades imediatas. Ele acrescenta que muitos países concordaram em conceder crédito com a garantia do fundo soberano líbio e o governo britânico também concordou em dar aos rebeldes o acesso aos 1,4 mil milhões de dinares (US$1,1 mil milhões) que Londres não transferiu para Kadafi. Deste modo, as despesas do império serão limitadas aos custos do bombardeamento, etc, os quais são de qualquer forma partilhados entre os seus membros. Se tudo correr bem, a administração Barack Obama, por exemplo, pode mesmo conseguir evitar ter de pedir um [orçamento] suplementar a curto prazo [isto é, se os altamente suspeitos líderes rebeldes não embolsarem grande parte do dinheiro para si próprios, deixando de pagar seus empregados, como tem acontecido muitas vezes em casos como este). Uma esplêndida pequena guerra perfeita para a era da austeridade. Mas por agora o membro do império que está a obter mais com esta guerra provavelmente não é a elite do poder dos Estados Unidos mas sim a classe dominante dos estados do Golfo. A Líbia é ouro imediato para eles: fazer a Líbia agrada o ocidente; mas o mais importante é que ajuda a desviar a atenção da sua repressão conjunta de intifadas internas, especialmente aquela grande no Bahrain . E acima de tudo, alguns deles aparentemente estão em posição de ganhar algum dinheiro. "Rebeldes dizem que o Qatar está pronto para comerciar petróleo do Leste da Líbia" , segundo a Reuters. Doce petróleo em retorno da propaganda de guerra da Al Jazeera e da participação do próprio Qatar na guerra. Não há melhor negócio do que o negócio da guerra.
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