segunda-feira, maio 02, 2011

A ECONOMIA EMPRESARIAL COMO JOGO DE RISCO

Para a clientela habitual o pior vilão não é o informador, mas o especulador. O "casino" do capitalismo financeiro há muito tempo que é responsabilizado por todas as crises económicas e sociais surgidas. Assim, o banqueiro tornou-se o protótipo do jogador irresponsável e é considerado o inimigo número um de todos os burgueses respeitáveis. A mesma consciência consegue, no entanto, encontrar um monte de coisas boas no capitalista industrial, que não anda metido na aérea superstrutura financeira, mas manda produzir objectos materiais, precisando para isso de postos de trabalho. Não se critica o capitalismo em geral, mas gostaria de se distinguir entre o jogo financeiro duvidoso e a economia real com os pés assentes na terra.

Mas estará o capital da economia real, com a sua base material, realmente tão longe do pensamento especulativo? Também o lucro industrial não está garantido à partida, mas tem de ser primeiro conquistado na concorrência. Uma vez que não há qualquer planeamento conjunto da produção social, nenhuma empresa sabe se pode vender os seus produtos. Assim, também a produção material é um jogo de risco no campo da concorrência universal e o gestor da economia real é também um jogador tal como o banqueiro de investimento. Apenas a aplicação é diferente: em vez de títulos financeiros, temos máquinas, matérias-primas e mão-de-obra.

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