Quando a injustiça se torna lei, a resistência torna-se um dever! I write the verse and I find the rhyme I listen to the rhythm but the heartbeat`s mine. Por trás de uma grande fortuna está um grande crime-Honoré de Balzac. Este blog é a continuação de www.franciscotrindade.com que foi criado em 11/2000.35000 posts em 10 anos. Contacto: franciscotrindade4@gmail.com ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS ACTUALIZADO TODOS OS DIAS
sábado, novembro 30, 2013
Na semana em que voltamos a saber quem são os mais ricos deste país faz todo o sentido voltarmos a um clássico…
«Os
ricos vivem da existência de pobres. Os poucos muito ricos vivem da existência
de muitos muito pobres. O Padre António Vieira disse-o desta forma: "Não só vos comeis uns aos outros, senão que os
grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos-mal. Se os
pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como
os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só
grande."
Sermão aos Peixes de António Vieira
O país tomou
conhecimento de que, em pleno coração da crise que está a condenar vidas em
série ao desespero, as 25 maiores fortunas portuguesas foram valorizadas em 16%
ao longo do último ano. Elas somam actualmente 16,7 mil milhões de euros, 3,3
mil milhões mais que o ano passado. 25 fortunas valem hoje 10% do produto
nacional, 1,6% mais que há um ano.
Na
semana em que o Governo aprovou o Orçamento mais agressivo das pessoas de que
há memória no pós 25 de Abril, ficámos a conhecer os rostos e os nomes de
quem está a ganhar mais com esta política. Essa coincidência no tempo traz-nos
de volta a reflexão incómoda do Padre António Vieira: "A diferença que há
entre o pão e os outros comeres é que para a carne há dias de carne, e para o
peixe dias de peixe, e para as frutas diferentes meses do ano; porém, o pão é
comer de todos os dias, que sempre e continuadamente se come: e isto é o que
padecem os pequenos. São o pão quotidiano dos grandes; e assim como o pão se
come com tudo, assim com tudo e em tudo são comidos os miseráveis
pequenos."»
sexta-feira, novembro 29, 2013
Burro português na edição internacional do "The New York Times"
"Em Portugal, um burro de carga vive de subsídios" titula a capa da edição europeia do jornal "The New York Times".
O jornal norte-americano "The New York Times" destaca hoje o burro mirandês, com uma reportagem em Paradela, dizendo que o animal, que está "em risco de extinção" e só sobrevive "com subsídios europeus", é uma metáfora para Portugal.
"Depois de décadas de negligência e, dizem alguns, desentendimentos, o destino do burro começa a assemelhar-se ao dos humanos", escreve o jornal, esclarecendo a comparação: "Ameaçado por uma população em declínio e dependente de subsídios da União Europeia para sobreviver".
Não é preciso viver cá dentro para perceber muito bem que tipo de país é este!...
Ganha bilhetes para o mundial Brasil 2014!!!
O
concurso é muito simples.
Observa a foto.
Responde às 6 simples perguntas abaixo e envia as tuas respostas para a seguinte morada:
FIFA 2014 Comitee,
Brasil 2014
1000 Lausanne (Switzerland)
Perguntas:
1. Qual dos estudantes na fotografia parece mais cansado.
2. Onde estão os irmãos gémeos?
3. Onde estão as irmãs gémeas?
4. Quantas mulheres existem na fotografia?
5. Qual das pessoas é o professor?
6. Qual dos alunos está mais contente?
Observa a foto.
Responde às 6 simples perguntas abaixo e envia as tuas respostas para a seguinte morada:
FIFA 2014 Comitee,
Brasil 2014
1000 Lausanne (Switzerland)
Perguntas:
1. Qual dos estudantes na fotografia parece mais cansado.
2. Onde estão os irmãos gémeos?
3. Onde estão as irmãs gémeas?
4. Quantas mulheres existem na fotografia?
5. Qual das pessoas é o professor?
6. Qual dos alunos está mais contente?
Vais ficar em casa, não é?!...
quinta-feira, novembro 28, 2013
Desempregado anuncia: “O Nelson irá ao supermercado e levará arroz sem pagar”
“Ao
meio-dia, nesta quarta feira, 4 de Dezembro, Nelson Arraiolos irá deslocar-se
ao Pingo Doce do Rossio, Rua 1.º Dezembro, 67-83, 1200-358 Lisboa, entrará no
supermercado, pegará num quilo de arroz e sairá sem pagar.” É assim que começa
o email enviado às redacções por Nelson
Arraiolos, o desempregado que em Setembro foi ao Palácio de Belém entregar uma
carta ao Presidente da República para lhe comunicar que não pagava mais
impostos
Depois dessa comunicação a Cavaco Silva, Nelson informou também
a ministra da Finanças e, por fim, o chefe da sua repartição de Finanças, no
Bombarral, onde vive. Escreveu: “É contra a minha vontade, e ao abrigo do
Artigo 21.º (Direito de Resistência), que declaro que suspendo o pagamento ao
Estado de qualquer imposto ou taxa. Declaro também que manterei esta minha
decisão enquanto não tiver um rendimento que me permita sobreviver de forma
digna e autónoma.” Não recebeu, até hoje, resposta de ninguém.
E
continuou: no blogue http://naopossopagarimpostos.blogspot.pt/ apelou à desobediência dos
desempregados, exortando-os a fazer como ele e, já este mês, anunciou que
andaria de transportes públicos sem pagar. E assim fez, com jornalistas a
acompanhá-lo: entrou num autocarro da carreira 794 em Chelas, Lisboa, “uma das
zonas do país com mais altas taxas de desemprego”, justificou na altura. Não
pagou bilhete. “Sem rendimentos, não há pagamentos.” Não apareceu nenhum fiscal
durante a viagem.
Agora,
volta a comunicar mais uma acção. E, desta vez, vai mais longe. Depois de se
recusar a pagar impostos e de andar de autocarro sem bilhete, “o Nelson irá ao
supermercado e levará arroz sem pagar”. É o que está escrito na última entrada
do blogue naopossopagarimpostos. “Agradece-se a
todos as senhoras e senhores jornalistas, órgãos de comunicação e cidadãos em
geral a divulgação e apoio a este acto de resistência involuntária”, remata o e-mail enviado às redacções.
Ao
telefone, este homem de 41 anos, desempregado há dois anos e meio, reconhece,
em declarações ao PÚBLICO, que este tipo de acção lhe pode trazer problemas.
Sim, talvez estejam à espera dele quando chegar ao supermercado de Lisboa,
talvez não chegue a sair com o arroz, mas o que conta é o gesto, continua:
“Isto é um acto simbólico para mostrar que há miséria e fome. E que o Estado
não protege os seus cidadãos, que há crianças a ir para a escola sem comer
porque os pais estão desempregados e não têm dinheiro para lhes comprar um
pacote de leite.”
Argumenta
ainda: é o Estado que obriga as pessoas a cometer ilegalidades. E dá o seu
exemplo: “Estou desempregado há mais de dois anos. Não consigo arranjar
trabalho. Envio currículos. Dizem-me que tenho as habilitações e a experiência,
mas que não tenho idade. Tenho 41 anos. Sofro de uma doença degenerativa
[doença de Charcot Marie-Tooth], estou proibido pelos médicos de levantar pesos
superiores a cinco quilos. Mas quero trabalhar e contribuir. Não consigo.
São os meus pais, reformados, que me estão a ajudar, porque não tenho qualquer
rendimento.” A somar a tudo isto tem uma dívida à Segurança Social de quase
2000 euros – em tempos, teve um café, mas o negócio fechou e Nelson não
fechou logo a actividade. “Não tenho meios financeiros, nem bens para pagar
esta dívida”, alega. Uma dívida que já fez com que os pais fossem alvo de
penhoras, diz.
“A crise
atira cada vez mais gente para uma ilegalidade envergonhada”, continua. Na
quarta-feira, diz que quer chamar a atenção para isso.
Quanto ao
não-pagamento de impostos, entende que até está enquadrado no Direito de
Resistência, previsto no artigo 21 da Constituição (e que diz que “todos têm o
direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e
garantias e de repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível
recorrer à autoridade pública”). Um artigo que já tinha sido citado por outro
desempregado, em Abril, que também se recusou a pagar impostos. Alcides Santos,
um gestor de sistemas informáticos que estava no desemprego havia dois anos,
entregou na Provedoria da Justiça uma carta onde explicava o seguinte: “Existe
uma inegável hierarquia de valores que exige que eu faça o necessário para
garantir a sobrevivência física dos meus filhos, dos meus pais e de mim próprio
(o que se aplica a qualquer pessoa que se encontre na minha situação), a qual
estará sempre acima das obrigações fiscais e, mais do que isso, encontra-se
salvaguardada pelo artigo 21 da Constituição.”
Nelson
Arraiolos diz algo semelhante na carta que enviou às Finanças: “Existe uma
inegável hierarquia de valores que exige que eu faça o necessário para garantir
a minha sobrevivência física (...). Enquanto não tiver um trabalho digno,
direito consagrado na Constituição da República Portuguesa que cabe ao Estado
cumprir e fazer cumprir, não pago nenhum imposto ou taxa que me seja exigido.”
O que
pode ser abrangido pelo Direito de Resistência estipulado na Constituição é
algo que, como é norma em matérias legais, divide os juristas. Em Março, quando
o caso de Alcides Santos foi tornado público, os constitucionalistas ouvidos
pelo PÚBLICO dividiram-se. Tiago Duarte, por exemplo, defendeu que o Direito de
Resistência se aplica apenas a “situações-limite”, o que não era o caso,
sustentou.
Em Maio,
o grupo Resistir por Um Resistir por Todos entregou na Provedoria de Justiça
uma queixa: defendia que o Estado não pode exigir a desempregados que paguem
impostos e citavam, precisamente, o artigo 21.
A
provedoria arquivou a queixa, dizendo que não iria pedir à Autoridade
Tributária e Aduaneira que não cobrasse impostos, até porque a Constituição já
diz quais as situações em que estes não podem ser exigidos – e o
desemprego não é mencionado.
Alcides
arranjou trabalho poucos dias depois de apresentar a sua queixa. Nelson
continua à espera.
Surpresa durante as filmagens duma cena dum filme sobre a segunda guerra mundial na Polónia
Uma família está a ser expulsa pelos nazis quando de repente...
Pensamento para o dia de hoje e para todos os dias enquanto a mudança não acontecer
Vencimentos com valores médios em termos de carreira...
P.S.P...............EUR 800,00 - Para arriscar a vida.
Bombeiro...........EUR 960,00 - Para salvar vidas.
Professor...........EUR 930,00 - Para preparar para a vida.
Médico...........EUR 2.260,00 - Para manter a vida.
Deputado...... EUR 6.700,00 - Para nos lixar a vida.
P.S.P...............EUR 800,00 - Para arriscar a vida.
Bombeiro...........EUR 960,00 - Para salvar vidas.
Professor...........EUR 930,00 - Para preparar para a vida.
Médico...........EUR 2.260,00 - Para manter a vida.
Deputado...... EUR 6.700,00 - Para nos lixar a vida.
quarta-feira, novembro 27, 2013
Pensamento para esta época
Acreditar
no que um ministro diz é mais difícil do que acreditar no Pai Natal.
Os miúdos na Síria já não se impressionam com as bombas!...
...Vejam a reacção após uma bomba explodir mesmo ao lado deles!...
A vitória da Selecção
Na manhã seguinte à vitória da selecção nacional de futebol sobre a Suécia, uma rádio não encontrou melhor ideia do que tentar saber o que mudara numa fábrica da multinacional sueca Ikea, em Paços de Ferreira. Descobriu que, contra o habitual, a bandeira portuguesa foi a primeira a ser hasteada e só depois a da empresa. Talvez fosse a desforra “nacionalista” pela vaia com que os civilizados espectadores suecos acolheram na véspera o hino português. Mas, talvez sem querer, a rádio descobriu melhor. Um trabalhador da empresa respondeu ao jornalista de serviço nestes termos: “O que é que ganhámos? Ganhámos uma carrada de trabalho. Lá por a selecção ter vencido não vamos ter folga”.
terça-feira, novembro 26, 2013
Trata-se do homem mais rápido do mundo a lavar pratos
Dizem as más línguas que lava 50 pratos em 10 segundos! E parece a avaliar pelas imagens que ficam bem lavados...
Tribunal Constitucional deixa passar lei das 40 horas na função pública
Decisão foi tomada por sete votos contra seis. Pedido de fiscalização foi feito por todos os partidos da oposição.
O Tribunal Constitucional decidiu que os trabalhadores da função pública vão mesmo ter de cumprir 40 horas semanais, em vez das 35 que vigoravam até Julho. Num acórdão enviado nesta segunda-feira aos grupos parlamentares da oposição, os juízes do palácio Ratton declaram a proposta de lei do Governo conforme à Constituição, numa decisão tomada por sete votos contra seis.
No total, os funcionários públicos passam a trabalhar 40 horas por semana e oito por dia, em vez das sete que vigoravam antes do diploma ter sido aprovado na Assembleia da República a 29 de Julho. Na altura, foi aprovado com os votos do PSD e do CDS e os votos contra de toda a oposição.
Os pedidos de fiscalização sucessiva foram feitos pelo PS e assinados por 37 deputados, entre os quais o secretário-geral, António José Seguro, e pelos grupos parlamentares do PCP, BE e PEV. No pedido de fiscalização enviado ao Tribunal Constitucional, os deputados concluem que a alteração dos limites do horário de trabalho da função pública colocaria em causa "os princípios da proibição do retrocesso social, da segurança jurídica e da confiança, a par dos princípios da igualdade e da proporcionalidade".
Numa decisão que contou com 7 votos a favor e 6 contra, o Tribunal Constitucional decidiu que os trabalhadores da função pública vão ter mesmo de cumprir 40 horas semanais, em vez das 35 que vigoravam anteriormente, sem receber qualquer acréscimo remuneratório pela hora suplementar que irão trabalhar à borla, isto antes de verem o salário cortado outra vez. E não existe qualquer artigo na Constituição que consagre o trabalho gratuito, noutros tempos chamado ESCRAVATURA. A pressão sobre os senhores juízes afinal resulta. Como diria o outro: " C´est la vie!"
O Tribunal Constitucional decidiu que os trabalhadores da função pública vão mesmo ter de cumprir 40 horas semanais, em vez das 35 que vigoravam até Julho. Num acórdão enviado nesta segunda-feira aos grupos parlamentares da oposição, os juízes do palácio Ratton declaram a proposta de lei do Governo conforme à Constituição, numa decisão tomada por sete votos contra seis.
No total, os funcionários públicos passam a trabalhar 40 horas por semana e oito por dia, em vez das sete que vigoravam antes do diploma ter sido aprovado na Assembleia da República a 29 de Julho. Na altura, foi aprovado com os votos do PSD e do CDS e os votos contra de toda a oposição.
Os pedidos de fiscalização sucessiva foram feitos pelo PS e assinados por 37 deputados, entre os quais o secretário-geral, António José Seguro, e pelos grupos parlamentares do PCP, BE e PEV. No pedido de fiscalização enviado ao Tribunal Constitucional, os deputados concluem que a alteração dos limites do horário de trabalho da função pública colocaria em causa "os princípios da proibição do retrocesso social, da segurança jurídica e da confiança, a par dos princípios da igualdade e da proporcionalidade".
Numa decisão que contou com 7 votos a favor e 6 contra, o Tribunal Constitucional decidiu que os trabalhadores da função pública vão ter mesmo de cumprir 40 horas semanais, em vez das 35 que vigoravam anteriormente, sem receber qualquer acréscimo remuneratório pela hora suplementar que irão trabalhar à borla, isto antes de verem o salário cortado outra vez. E não existe qualquer artigo na Constituição que consagre o trabalho gratuito, noutros tempos chamado ESCRAVATURA. A pressão sobre os senhores juízes afinal resulta. Como diria o outro: " C´est la vie!"
segunda-feira, novembro 25, 2013
domingo, novembro 24, 2013
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