segunda-feira, junho 23, 2014

Sobre o banco do regime e sobre o regime do banco

A situação do BES é crítica. Falência? Não sabemos. Apesar de sermos nós que pagamos quando o negócio corre mal, a contabilidade dos bancos continua a ser uma coisa opaca, onde os poderes públicos não entram para repor a transparência. Apenas sabemos que, tal como aconteceu com Oliveira e Costa na falência do BPN, que todos pagámos e ainda está por julgar mais de seis anos depois,  a anterior Administração do BES foi afastada  e substituída por gente do regime. Os nomes não são nem os de Durão Barroso, nem o de Manuel Pinho, nem o de Maria de Belém Roseira, nem o de Miguel Frasquilho. E podiam ser. Todos eles ou passaram pelo BES ou continuam por lá de manhã ou à tarde enquanto de tarde ou de manhã desempenham cargos públicos. Mas que ninguém se preocupe. O BES ficou em muito boas mãos.

«O BES está em convulsão interna e vai ter de substituir o seu conselho de administração. Salgado sai por causa de "irregularidades graves", dívida escondida e coisas afins. Mas deixa lá o seu braço direito, Amílcar Morais Pires, arguido num caso de abuso de informação na compra de ações da EDP. Para chairman, o Grupo Espirito Santo propõe Paulo Mota Pinto, presidente do conselho de fiscalização das "secretas", deputado do PSD e atualmente do conselho de administração da ZON [Isabel dos Santos, accionista de referência]. Ainda para a administração vai Rita Barosa, secretária de estado do Ministro Relvas... do PSD.» – Mariana Mortágua, no Inflexão.

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