O primeiro-ministro leu uma coisa na AR às 10 e pouco da manhã, que a reversão dos cortes salariais dos funcionários públicos será total em 2016, e corrigiu o que tinha dito já perto do meio-dia. Segundo a versão dessa hora, em 2016, se Passos Coelho ainda "for primeiro-ministro", vai insistir na reposição gradual de salários da função pública em 20% até 2018, como o governo tem defendido, apesar do Tribunal Constitucional ter manifestado sérias reservas a esse calendário indefinido. Ainda não são duas da tarde. Há que esperar. Se vier à tabela, a terceira versão chega por volta dessa hora, a quarta pelas 4 da tarde, a quinta pelas 6 e por aí adiante. Temos um Primeiro-ministro que muda de opinião de duas em duas horas mas temos um Presidente da República que sabe compensar esta inconstância nunca mudando a sua: a degradação da nossa democracia e as afrontas de Pedro Passos Coelho ao Tribunal Constitucional e à vida dos portugueses são para continuarem até ao Outono do próximo ano. A governabilidade está a passar por aqui.
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