O bobo do imperador Maximiliano organizou uma festa alegórica que o povo e a corte de soberano à frente saborearam em grandes gargalhadas: juntou na praça todo o cego pobre, prendeu a um poste um porco muito gordo, e anunciou ganhar o dito porco aquele que à paulada o matasse. Os cegos todos a varapau se esmocaram uns aos outros, sem acertar no porco por serem cegos, mas uns nos outros por humanos serem. A festa acabou numa sangueira total: porém havia muito tempo que o imperador e a corte e o povo não se riam tanto. O bobo, esse tinha por dever bem pago o fabricar as piadas para fazer rir.
Jorge de Sena