Vamos ser honestos. Pelo menos na
forma tentada. Aquela notícia da expulsão de portugueses de Timor, assim à
primeira vista, dá-nos vontade de pegar na artilharia e ir lá resolver o
assunto. Acontece que os helicópteros não têm manutenção, os submarinos são
para a vigiar o tráfico de droga e os arrastões na praia do Tamariz, e os F16
andam a brincar ao Top Gun com dois bombardeiros russos comandados por duas
garrafas de vodka que não encontram o caminho para casa.
Fica por
isso de parte a hipótese de alargar novamente o território, sem ser para o mar,
porque nessa matéria já estamos quase a chegar ao Brasil.
Por outro
lado, e era aqui que queria chegar, não sei até que ponto os portugueses estão
magoados com os timorenses, pois na verdade, se os portugueses pudessem, também
despachavam uma série de juízes e funcionários judiciais. No fundo, mais que
revolta, há um leve sentimento de inveja para com a jovem mas atrevida nação
timorense.
Os que
foram para Timor até podem ser do melhor que temos – aliás, nem me admirava,
pois já falta pouco para até o território continental ser habitado
exclusivamente por cagarras – mas não se livram da pesadíssima imagem da
Justiça portuguesa, que nem com os filtros do Instagram fica aceitável.