quinta-feira, novembro 06, 2014

SÓ NÃO EXPULSAMOS JUÍZES PORQUE NÃO PODEMOS

Vamos ser honestos. Pelo menos na forma tentada. Aquela notícia da expulsão de portugueses de Timor, assim à primeira vista, dá-nos vontade de pegar na artilharia e ir lá resolver o assunto. Acontece que os helicópteros não têm manutenção, os submarinos são para a vigiar o tráfico de droga e os arrastões na praia do Tamariz, e os F16 andam a brincar ao Top Gun com dois bombardeiros russos comandados por duas garrafas de vodka que não encontram o caminho para casa.
Fica por isso de parte a hipótese de alargar novamente o território, sem ser para o mar, porque nessa matéria já estamos quase a chegar ao Brasil.
Por outro lado, e era aqui que queria chegar, não sei até que ponto os portugueses estão magoados com os timorenses, pois na verdade, se os portugueses pudessem, também despachavam uma série de juízes e funcionários judiciais. No fundo, mais que revolta, há um leve sentimento de inveja para com a jovem mas atrevida nação timorense.

Os que foram para Timor até podem ser do melhor que temos – aliás, nem me admirava, pois já falta pouco para até o território continental ser habitado exclusivamente por cagarras – mas não se livram da pesadíssima imagem da Justiça portuguesa, que nem com os filtros do Instagram fica aceitável.