sábado, dezembro 20, 2014

O VÍCIO DA CORRUPÇÃO

Sem prejuízo de presumirmos imenso a inocência das pessoas, já se percebeu que há um problema grave de corrupção em Portugal. Concomitantemente, há um problema grave de Justiça, que não pode agir, umas vezes porque não obtém provas válidas, outras porque não tem leis.
Bom, mas quando o assunto é político, e falhando a Justiça, pode funcionar a democracia. Mas nem isso tem acontecido. Governantes sobre quem recaem fortíssimos indícios de corrupção ou pelo menos de incompetência que lhe deu lugar, são reeleitos e muitas vezes sobem a votação. Mesmo já depois da existência de fundadas suspeitas.
Ora, isto significa que o eleitorado primeiro vota no político e depois roga à Justiça que o meta na cadeia. Parece um vício, como o chocolate, que também não podemos ter à vista porque comemos tudo.
Falha portanto a Justiça justiça e depois – ou antes – a Justiça democrática porque o eleitorado, parecendo que não, é doido por políticos menos transparentes, que é para não ser indelicado.
Ó senhor doutor juiz Carlos Alexandre, prenda-me esta gente toda que eu não consigo parar de votar neles. – É mais ou menos isto.