Tudo de bom é mesmo tudo de bom. Saúde,
amor, felicidade, fortuna, mas também meteorologia, A5 sem trânsito,
óculos, carteira, telefone e chaves sempre no bolso, bateria e depósito
sempre tudo cheio, pessoas chatas longe, etc..
Portanto, tudo de bom é feio mas é
prático. É como aquela pochete que se põe à cintura. Há melhor sítio
para guardar a carteira, o telefone, as chaves, o palito, o corta-unhas e
o revólver? Não há. Na pochete vai tudo, bem acondicionado e junto à
genitália, que é a parte mais protegida do corpo. Bate-se com todas as
partes do corpo em todas as esquinas, mas nunca ninguém deu com o pipi
no pé de uma mesa, por exemplo. E admitimos que os amigos e até
conhecidos nos dêem palmadinhas nas costas, mas jamais palmadinhas na
pilinha.
Na mesma lógica, podemos falar também do
fato de treino, que também não é bonito, mas não há indumentária mais
prática para ir à rua, pois mantém a temperatura adequada sem ser
necessário várias camadas de roupa, havendo assim liberdade de
movimentos. A licra é também mais agradável ao toque que a ganga, por
exemplo. Por outro lado, com cores variadas e reflectoras, o fato de
treino não só nos coloca na moda como em segurança.
Mas enfim, tudo isto só para desejar bom
ano e, claro, tudo de bom. E depois de desejarmos tudo de bom, também
podemos mandar beijocas, que também é feio mas também é prático.
Beijinhos, embora muitos, são pequeninos; beijo é pouco, beijos é
íntimo; beijão é brasileiro. Sobram as beijocas, que têm o tamanho certo
e são muito mais redondinhas.
Dirá o Leitor mais retrógrado: “Mas
beijocas é para meninas, e para os meninos?”. Por favor, estamos quase
em 2015, já é tudo com beijocas.