sábado, fevereiro 28, 2015

Portugal não é a Grécia

Quando a sondagem que hoje dá um “empate técnico” entre a coligação PSD/CDS e o PS foi elaborada, ainda não tinha estourado a bomba. Mas agora, já depois do país ter ficado a saber que os líderes dos três partidos do memorando estão de acordo que Portugal está muito melhor do que há quatro anos, o “empate técnico” vendido pelo Expresso perde grande parte do que lhe restava de sentido: não são 38 por cento de um lado e 38 por cento do outro, pode perfeitamente ser uma soma de parcelas que corresponde a uma maioria qualificada se considerarmos os três partidos do arco da austeridade ou uma confortável maioria absoluta se admitirmos a possibilidade de PSD e PS chegarem a um acordo quanto a mandarem Paulo Portas ir dar uma volta de submarino. Evidentemente, isto será apenas uma ideia maluca enquanto a comunicação social do regime contornar o cenário cada vez mais provável de uma reedição do Governo Nova Democracia-PASOK que destruiu o que restava destruir na Grécia entroikada. Austeridade ou austeridade? A sondagem diz que os portugueses continuam indecisos entre ambas.

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