Isto de só ter de ser patriota perante uma audiência de chineses tem muito que se lhe diga. Internamente, podemos passar os dias a levar com todo o lixo produzido pela política de terra queimada que se faz entre os partidos, entre todos os partidos. Mas quando chega alguém de fora, temos de fazer boa figura.
Para o exterior, um discurso construtivo. Entre nós, um drama de faca e alguidar.
Pois bem, é evidente que o investimento estrangeiro é muito importante. É importantíssimo e sim, tem de ser uma aposta do poder político. Mas os portugueses também acabam por ser investidores e se fossem tratados como são tratados os outros, talvez tivessem também mais vontade de investir. Não necessariamente milhões em imóveis, mas talvez em novos negócios ou na sua expansão, a contratar pessoas ou simplesmente no seu trabalho.
Sim, talvez o discurso que é feito para fora devesse ser experimentado para dentro, sem prejudicar o confronto de ideias, o debate de estratégias e a luta por alternativas, mas com um nível que permita convencer não só os forasteiros, mas também os aldeões.
Não funciona, isto de andar a vender o país como se fosse um Corsa, ainda por cima quando para uns está em muito bom estado mas para outros está completamente gripado.