A Galp foi multada em Portugal em 9 milhões de euros (e depois
em Espanha em 800 mil euros) por “práticas anticoncorrenciais”, ou seja, por
concertar preços em prejuízo dos consumidores. As consequências deste
procedimento, resultante de um domínio do mercado de tipo monopolista, não se
verificam apenas nos combustíveis automóveis, mas também no gás de consumo doméstico.
Foi aliás na comercialização do gás de garrafa que a fraude se verificou no
nosso país. Assim, enquanto a Galp distribui dividendos milionários aos seus
accionistas — o principal dos quais é o grupo de Américo Amorim, com quase 40%
das acções — os portugueses mais pobres cortam no consumo e passam frio para
“não viverem acima das suas posses”.