Não
passam de uma tropa de cobardes. Cobardes perigosos, atenção. Agora não foi ninguém. António Costa
rejeita proposta para cobertura das campanhas que PS apoiou. Luís Montenegro
responsabiliza socialistas pelas ideias de criação da comissão mista e do plano
de cobertura da campanha. Paulo Portas diz "prezar muito" a liberdade
de imprensa. Não, não se tratou de nenhummal entendido. Estão prestes a
conseguir despachar o Serviço Nacional de Saúde e a Escola Pública que soubemos
construir em democracia e já conseguiram pulverizar quase completamente os
direitos laborais e sociais conquistados em 1974. Liberdade de imprensa,
liberdade de expressão, liberdade de associação, Constituição da República
Portuguesa, lei eleitoral, se os deixarmos à vontade, ao mínimo deslize, o
ajuste de contas com o 25 de Abril que PSD, PS e CDS vêm consumando nada
poupará. Desta vez correu-lhes mal. E o alerta que esta tentativa fracassada
deixa atrás de si é o contributo que estes três partidos estariam menos interessados
em dar para encher de sentido as comemorações do 25 de Abril deste ano: a
democracia é um edifício inacabado que tanto pode crescer como pode sumir-se
nas mãos de uns quantos, dependendo da qualidade e da vontade dos cidadãos que
a cuidem ou que a desbaratem. O 25 de Abril custou demasiadas vidas e quase
meio século de obscurantismo para que agora o deixemos desaparecer nas mãos de
uma tropa de anões. Eles vão continuar a tentar.