terça-feira, maio 19, 2015

Produtividade

Acabámos de ouvir o Ministro da Saúde dizer que as unidades de saúde familiar não abrem por falta de recursos humanos, entre eles enfermeiros, os mesmos enfermeiros que por ausências de contratações e cortes salariais, e horários de trabalho desumanos, feitos por iniciativa e com o aval do Ministro, abandonaram o país rumo a um exílio forçado. É assim que com quebras brutais na remuneração se destrói a riqueza de um país (prestação de cuidados de saúde) mantendo taxas elevadas de remuneração de capitais cujo valor real entrou em queda livre (juros da dívida pública). A produtividade, ora aí está, cai, cai, cai, até que uns fingem que pagam, outros fingem que trabalham ou nem aparecem porque entre deslocações, alimentação, habitação e pressão, ausência de horários (bancos de horas) compensa mais sair do país, mesmo com custos emocionais imensos, ou ficar em casa. Entretanto os médicos e enfermeiros das unidades em funcionamento estão a trabalhar até à exaustão (aumentando o número de baixas, doenças profissionais, etc) para cobrir as faltas das unidades que não entram em funcionamento. E o prémio de gestão vai para?

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