A abertura do ano lectivo está este ano a ser marcada pela resistência ao fecho de escolas decretado pela Ministra da Educação. Em todo o país foram encerradas 1480 escolas do ensino básico. A pressa de encerrar (motivada por critérios puramente economicistas) não deixou tempo ao Ministério da Educação nem aos autarcas para pensar nos transportes escolares necessários, no equipamento degradado a necessitar de obras, na sobrelotação decorrente e muito menos na contratação de pessoal auxiliar. Em Sernacelhe no distrito de Viseu foram encerradas 17 das 21 escolas do concelho. Os alunos de Quintela, Forca, Faia e Penso que deveriam frequentar o Pólo do Carregal, estão a faltar às aulas desde o inicio do ano lectivo. Perante os protestos e o encerramento a cadeado do Polo do Carregal a senhora ministra só encontrou uma solução. Pedir a intervenção da GNR para calar os protestos populares. A falta de acompanhamento durante as viagens de autocarro, o excesso de alunos e a falta de refeitórios nas novas escolas têm sido neste conselho o motivo dos protestos. A solução encontrada para o transporte escolar pelos (ir)responsáveis do Ministério em conjunto com o autarca foi fazer seguir as crianças na camioneta da carreira. No Granjal chegaram ao cumulo de pedir para as crianças levarem loiça e talheres de casa porque o refeitório nem isso tinha. Em Samodães, no concelho de Lamego, a recusa do encerramento da escola levou os pais a tomarem a iniciativa de contratarem eles mesmo professores para os seus filhos. As crianças estão neste momento a ter aulas na sua escola de sempre mas à revelia do Ministério da Educação. Um caso de desobediência civil a seguir com atenção. Em Alfândega da Fé fecharam todas as escolas rurais e criaram um único centro escolar na sede do concelho mas esqueceram-se de garantir as condições mínimas de funcionamento. A escola onde foram colocadas as crianças continua e há-de continuar por muito tempo em obras. O vereador da Educação, Arsénio Pereira, queixou-se de que só há 15 dias o Ministério da Educação homologou a candidatura ao financiamento. As obras que decorrem neste momento em muitas escolas portuguesas estão a criar problemas de segurança e a perturbar o bom funcionamento das aulas. Na Escola de Quintanilha, em Bragança, onde foram colocadas as crianças das escolas rurais encerradas existem nesta altura graves problemas de segurança terminando a zona do recreio num precipício com mais de seis metros a dar para uma estrada municipal. Muitas das escolas que a senhora ministra considerou boas escolas de acolhimento nem sequer uma pintura levaram. Disso se queixam os pais dos alunos da EB 1 de Baçal também Bragança. Os 11 meninos vindos das aldeias vizinhas partilham a única sala, com mobília desgastada. O espaço do recreio é mínimo e o equipamento lúdico velho. A falta de condições em muitas escolas de acolhimento onde os autarcas e a ministra resolveram colocar as crianças das escolas encerradas tem motivado protestos por parte dos pais como está a acontecer em Nogueira do Cravo, S.Roque e Oliveira de Azemeis. Segundo Paulo Cruz, elemento da Direcção da Associação de Pais da Escola EB1 de Nogueira do Cravo declarou ao JN a falta de auxiliares está a colocar em causa a segurança dos alunos para além de não haver limpeza na escola "São 35 funcionários para mais de mil alunos". E estes são apenas alguns exemplos da grande balbúrdia que atravessa muitas das escolas obrigadas a receber as crianças provenientes das escolas encerradas à pressa para poupar uns tostões. Senhora Ministra tenha vergonha, demita-se e vá para casa.
Nogueira do Cravo
escolas.html
Sernancelhe
aulas.html
Sernancelhe
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1271310
Quintanilha
http://dn.sapo.pt/2006/09/25/tema/escolas_acolhimento_ainda_
Quintanilha
http://dn.sapo.pt/2006/09/25/tema/escolas_acolhimento_ainda_
condicoes.html
ismael pires
http://pt.indymedia.org/ler.php?numero=109493&cidade=1
ismael pires
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